PATRULHAMENTO
Na época do plebiscito sobre a divisão do Estado do Pará ouvi de uma vereadora de Marabá a seguinte frase: “Meu amigo você não sabe o terror que é você viver patrulhada durante vinte e quatro horas. Sou contra qualquer ação nesse sentido.” Esta ponderação era com intuito de não ser estimulado patrulhamento sobre pessoas que residiam na região do sonhado Estado de Carajás que eram contra a divisão.
Os conceitos clássico e figurado de patrulhamento: “Ronda ou reconhecimento da posição do inimigo. Cobrança de posições morais ou de ação; exigência ou pressão para que algo se faça ou se cumpra segundo as expectativas” foi ampliado pela política de pastoril reinante no mundo. Nela no lugar das correntes vermelho e azul estão esquerda e direita. O patrulhamento além de moda é o vetor que contamina as plataformas de comunicação de massa, especialmente as redes sociais.
Com o fenômeno dos blogs de observação “watchblogs” a espionagem é feita por detentores e postulantes de cargos públicos em direção às publicações nos veículos de comunicação e pelos jornalistas, ativistas, curiosos, etc. em direção das autoridades. É violenta a guerra entre “patrulha ideológica x perseguição política” .
É interessante registrar a existência de uma tese que defende que o patrulhamento deve ser classificado como “patrulha ideológica” e não como “perseguição política” quando é praticado por pessoas ou grupos sem vinculação com um governo ou agentes públicos. Afirmam os defensores dessa teoria que ação visa buscar variáveis para influenciar a opinião pública e a sociedade civil, e não causar vexames e limitar direitos.
Fica a indagação: “Quando comprovadamente uma ala cria ferramentas e remunera terceiros para buscar tais informações e as utiliza em benefício próprio a tese da ‘patrulha ideológica’ é extinta? Cada lado tem uma resposta distinta e a “liberdade de expressão” paga a conta.