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Crônica de Ademar Rafael

QUINCAS FLOR

Na segunda estrofe do fantástico poema “O remorso falando ao avarento”, de Elísio Félix da Costa-Canhotinho, tem estes dois versos: “…Quem és tu? Quem são teus pais?/De onde vens? Pra onde vais?…”. Sem enveredar na parte filosófica das indagações todos nós reunimos condições de responder as indagações do poeta de Taperoá.

Se a primeira pergunta estender para os pais e os avós dos nossos pais as respostas sairão com muita dificuldade. A dificuldade para respondermos sobre nossos antepassados advém da nossa incapacidade de criarmos registros históricos e reais sobre nossos antecessores. Somos filhos de uma terra sem memória? Não afirmaria cem por cento, contudo, cabe registrar que nossa memória é, no mínimo, restrita.

No último dia 23.11 Joaquim Alves de Freitas, Quincas Flor, alcançou 160 anos do seu nascimento. Para organizar um evento alusivo à data fomos procurados por funcionários da Escola que leva seu nome em busca de informações. Quase nada tínhamos a oferecer. Se fossemos criar um “verbete” sobre o agropecuarista e empresário sofreríamos para juntar cinquenta palavras. Isto mesmo, pouco sabemos sobre nosso bisavô, o cidadão que emprestou seu nome durante muito tempo ao Distrito de Jabitacá, na época que era Varas de Quincas Flor.

Um dos objetivos do Instituto Cultural Quincas Rafael – ICQR é construir uma base de informações sobre personalidades da região para atender demandas como as apresentadas pela gestão, professores e alunos da Escola Estadual Joaquim Alves de Freitas. Estamos vencendo as barreiras burocráticas e esperamos que em 2025 estejamos na execução
desse nobre objetivo: Resgatar dados históricos sobre os que nos antecederam.

Recorremos e fomos prontamente atendidos pelo historiador Alexsandro Acioly da Silva – Leca de Amadeu, dos arquivos oriundos das suas pesquisar vieram informações confiáveis.


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2 Comentários
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Ticiano Dantas Félix
11 meses atrás

Ademar Rafael alinha direitinho essas viagens históricas e culturais em suas crônicas, sempre nos traz informações e conhecimento, adornadas de carinho literal pelo seu torrão. O registro é uma deficiência nossa; por mais fraca que seja a tinta da caneta, de certo, ainda é mais duradora que a melhor memória que alguém possa ter.

Última edição 11 meses atrás por Ticiano Dantas Félix
Socorro Fernandes da Costa
11 meses atrás

Gratidão pela menção à poesia de meu avô, Canhotinho