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Crônica de Ademar Rafael

SERÁ?

Se tivesse compatibilidade com meu grau de confiança no sistema político brasileiro a interrogação do título desta crônica seria em tamanho gigante. Vamos ao que me levou a fazer essa indagação.

Na última semana de setembro, em meio aos debates sobre a chamada Proposta de Emenda Constitucional – PEC da anistia que busca isentar partidos políticos das penalidades previstas por não atender regras definidas quanto a assuntos diversos. Eis que aparece a notícia que o parlamento por iniciativa do Senador Jorge Kajuru, portanto com início no Senado, estaria disposto a iniciar os debates sobre a PEC 12/2022, que extingue a tenebrosa figura da reeleição para cargos do executivo na União, Nos Estado e nos Municípios.

Diante dos interesses que move essa matéria surge esse SERÁ? A aprovação dessa PEC nos livraria do pior mal que o príncipe FHC nos deixou. Nunca encontrei um adjetivo para classificar essa indecência – aprovada durante seu governo e sendo ele o primeiro beneficiado -,sempre combati e apresentei argumentos confiáveis sobre o dano que a reeleição causou e causa ao sofrido Brasil.

As principais figuras do senado, assim como o proponente da Emenda Senador Jorge Kajuru, garantem que sua aprovação não alcança os mandatos atuais. Originalmente teria início em 2030, garantindo que a última oportunidade para presidente e governadores seria em 2026 e dos prefeitos em 2024.

Prevê também a proposta apresentada pelo senador goiano que os mandatos para o executivo seriam elevados de quatro para cinco anos, medida esta que julgo salutar, melhor se viesse com a unificação dos pleitos. Eleição de dois em dois anos é difícil suportar e pagar a conta. Torço para estar errado, o Brasil merece se livrar desse peso acima da sua capacidade. Meu respeito a quem pensa diferente. Abaixo a reeleição.


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1 Comentário
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Ticiano Dantas Félix
8 meses atrás

Penso bem parecido com vc, se tratando da reeleição, pois a máquina mói em favor de uma indicação, avaliemos sob o próprio nome, em muitos casos de certos descasos, tem-se a ideia que “não existe pecado abaixo da linha do Equador”, ou até queimar o pecador na fogueira é perdoado por não se derramar sangue. Discordo em relação a diminuir os anos de mandatos, pois entendo que 5 anos na mão de um desastre traz bem mais sequelas que o prejuízo de ter algo organizado por apenas dois anos, se é que é possível reconstruir uma “Alexandria qualquer” em apenas dois anos.