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Crônica de Ademar Rafael

QUANDO AGIREMOS?

Em pronunciamento há 39 anos o Papa João Paulo II afirmou: “Hoje quando o egoísmo, a indiferença e a insensibilidade dos corações estão se espalhando de forma assustadora, o quão intensamente precisamos de uma renovação da sensibilidade a uma pessoa, à sua pobreza e sofrimento! O mundo clama por misericórdia…”

Não sabia o papa peregrino que além de não atendermos seu pedido, nós agravaríamos a situação. Isto mesmo, há quase quatro décadas da exortação do polonês o que se alastrava à época se alastra atualmente com maior intensidade. A foto do mundo em 2023 é pior do que em 1984.

Se recorrermos a rede mundial de computadores em busca do significado da palavra misericórdia em nossa língua encontramos entre outras definições: “…sentimento de dor e solidariedade com relação a alguém que sofre uma tragédia pessoal ou que caiu em desgraça; dó, compaixão, piedade…”, descobriremos também que a misericórdia se realiza na hora que agimos em direção a comportamentos que promovem o perdão, a indulgência, a graça, a clemência…

Ora, como podemos ver claramente, para atendermos o pedido de Karol Józef Wojtyła e aplicarmos a misericórdia no sentido literal precisamos somente utilizar ferramentas disponíveis em nosso interior e abandonar costumes que nos impedem de agir. Entre tais costumes destacamos os citados pelo papa, acima registrados.

Sobre um fato não tenho dúvida. A mudança de postura individual é que fará a diferença, esperar pela ação alheia é continuar omisso e não agir da forma que nosso criador sugere por meio do seu filho. Ser misericordioso pode até figurar entre as obrigação de um cristão, no entanto, julgo que para exercer legitimamente essa prática não precisa comungar da mesma fé, precisa sim não sermos egoístas, indiferentes, insensíveis e seguirmos o caminho que São João Paulo II nos sugere.


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