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Crônica de Ademar Rafael

Violência nas escolas

Tenho a hábito de escrever sobre temas do cotidiano dias após os acontecimentos. Esta preferência não é para me apresentar como “engenheiro de obras prontas” e sim para não ser contaminado com as informações, algumas delas deturpadas, e pela emoção ao abordamos os casos em tempo real. Hoje desejo fazer uma ponderação sobre violência nas escolas que dominou as pautas jornalísticas e políticas, especialmente no último mês do primeiro quadrimestre deste ano.

Os fatos que ocorreram em Blumenau – SC e Farias Brito – CE fizeram com que as autoridades municipais, estaduais e federais se unissem em busca de um solução, como se isto fosse possível através de decretos. Durante acalorados debates muitos tentam justificar esses atos insanos levando ao banco dos réus quatro fatores, aqui citados sem ordem de preferência.

O primeiro a falência da instituição família, enquanto base formadora de pessoas; o segundo os estragos causados pelas redes socais e pelos jogos eletrônicos, acessados sem nenhum controle pelas crianças e adolescente; terceiro o discurso de ódio instalada numa sociedade doente, muitas vezes repetidos nos meios de comunicação social e quarto a flexibilidade das leis.

Mesmo assumindo que não tenho formação na área, mas com o dever de não me omitir, entendo que esse comportamento condenável em todos os aspectos e sob qualquer perspectiva pode até ser estimulado ou inspirado nos fatores acima citados, em conjunto ou isoladamente. Contudo não tenho medo de afirmar que o problema vem de longe. Sua base de sustentação é o comportamento historicamente violento que impera em nosso país e teimamos em jogar para debaixo do tapete. As culturas do “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, e “quem tem poder grita e quem não tem baixa a cabeça” ao se juntarem formam uma legião que acredita que podem tudo. Sem a intenção de vulgarizar assunto muito sério encerro afirmando: “O buraco é mais embaixo”.


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