MCTI prepara edital do CNPq no valor de R$ 100 milhões para apoiar a formação de mulheres nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu a implementação de políticas públicas para combater a desigualdade de gênero na ciência. Ao participar de reunião promovida pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) nesta terça-feira (28), a ministra destacou que o MCTI está empenhado em promover o acesso, a permanência e a ascensão das mulheres nas carreiras científicas e tecnológicas.
“Nosso lema é ‘Pesquise como uma mulher’. Somos 60% da iniciação científica, mas não conseguimos permanecer na carreira ou ocupar espaços de liderança”, afirmou.
Diante desse cenário, a ministra Luciana Santos lembrou que o MCTI prepara edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no valor de R$ 100 milhões para apoiar projetos que estimulem o ingresso e a formação de meninas e mulheres nas Ciências Exatas, Engenharias e na Computação.
Ela comentou ainda a recriação da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, que promove programas voltados à popularização da ciência – uma agenda que pretende trabalhar com os municípios.
Combate à misoginia
No evento, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reiterou os esforços do governo federal para combater a misoginia. “Não é possível um país, do tamanho do Brasil, com as mulheres que temos, sofrer tanta misoginia, esse ódio que nos cala”, afirmou. “Vou começar a rodar o Brasil na luta contra a misoginia a partir de abril. Precisamos criar uma marcha para dizer que ninguém vai nos tornar invisíveis, nos calar ou matar. Queremos estar em todos os lugares e ficar nesses lugares.”