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Sudene busca investidores e parcerias para fortalecer a cadeia produtiva do hidrogênio verde no Nordeste

Em meio ao debate sobre sustentabilidade ambiental proporcionado pela Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 27), a Sudene mostrou o potencial do Nordeste e a atratividade dos instrumentos da autarquia para estimular a cadeia produtiva do hidrogênio verde na região. A autarquia marcou presença no Hydrogen Dialogue Latin America: Brazil Edition, evento que teve início ontem em São Paulo e seguiu até esta quinta (10). O encontro realizado pela Nurnberg Messe Brasil reuniu empresas do setor industrial impactados pelo hidrogênio, agências de fomento à inovação e representantes do setor público interessados no insumo energético.

“A agenda do hidrogênio verde representa para o Nordeste uma fonte inesgotável de potencialidades. Temos um potencial enorme de vento e sol, contínuos, além da proximidade com os principais centros mundiais consumidores desta energia. Por isso, buscamos posicionar a região em relação ao hidrogênio verde nos cenários brasileiro e internacional, como produtor e exportador”, explicou o superintendente da Sudene, general Araújo Lima.

O potencial latente do hidrogênio verde tem chamado atenção de mercados e investidores. Segundo levantamento realizado pela consultoria McKinsey, o setor deve criar oportunidades de investimento de até 200 bilhões de dólares nos próximos 20 anos no Brasil. Países como a Alemanha já elegeram o hidrogênio como aposta para descarbonização da economia. “Nossos dois países temos uma parceria comprovada para o hidrogênio verde.

O modelo de negócios tem ficado cada vez mais atraente”, adiantou a Cônsul-Geral da Alemanha em São Paulo, Martina Hackelberg. A aproximação entre os países também foi destacada pelo vice-presidente da NürnbergMesse Brasil, Diego de Carvalho, como uma oportunidade para estreitar o entendimento sobre inovações tecnológicas e a construção de um ambiente de negócios fértil para acompanhar a crescente demanda mundial pelo insumo.

Uma das ações brasileiras apresentadas durante o evento também foi o Programa Nacional de Hidrogênio, que foi instituído em agosto deste ano. “Ele tem como característica ser um alinhamento de esforços entre o Governo Federal com os estados, todos dentro das suas competências, incluindo também a iniciativa privada e academia, que desempenham suas funções alinhadas ao mesmo propósito. O programa busca estabelecer o hidrogênio como este vetor energético versátil”, explicou a Chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios, Agnes Maria de Aragão da Costa.

Inovação e atração de investimentos em infraestrutura

Segundo estudo do Instituto Sae4Mobility, quase 84% da matriz energética do Nordeste é sendo constituída de fontes renováveis. Este potencial também foi destacado pelo superintendente da Sudene, general Araújo Lima, durante a exposição do Sigmapas, plataforma de georreferenciamento de projetos e temas pertinentes ao desenvolvimento regional que é utilizada pela autarquia para a tomada de decisão e elaboração de estudos. Na plataforma disponível online, é possível consultar o potencial de geração de energia eólica e fotovoltaica, além da distribuição dos projetos de geração de energia considerando estas fontes.

A superintendência também iniciou nesta quarta (09) uma série de reuniões com as empresas participantes do evento, com o objetivo de apresentar os principais instrumentos financeiros que compõem a carteira de atração de investimentos da autarquia. Os empreendedores conheceram o processo de concessão dos incentivos fiscais da autarquia, que permitem a utilização de parte do imposto de renda modalidade pessoa jurídica para a implantação e modernização de projetos, além da ampliação ou diversificação de linhas de produtos. O acesso ao crédito através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) também estiveram em pauta, sendo apresentados pela autarquia como alternativa de acesso a recursos com taxas de juros diferenciadas.


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