O candidato ao governo do estado Miguel Coelho voltou a falar do compromisso de estadualizar o metrô do Recife para integrá-lo às linhas de ônibus, além de reorganizar o sistema de transporte da Região Metropolitana. Miguel também pretende instituir a tarifa única e por demanda, ou seja, o usuário vai pagar pela quilometragem percorrida. As propostas foram apresentadas durante sabatina na rádio CBN nesta segunda-feira (26), quando o candidato criticou a situação de abandono do metrô da capital.
“O metrô pertence ao governo federal, mas o cargo de gerente e diretor é indicado pelo grupo dos Ferreira, de Jaboatão. O CNPJ pode até ser em Brasília, mas a incompetência está aqui ao lado. A gente precisa responsabilizar quem de fato negligenciou e abandonou o metrô do Recife ao ponto de trens e vagões descarrilarem. A nossa proposta é estadualizar, ou seja, nós vamos puxar a responsabilidade para o governador a partir do próximo ano e fazer uma nova licitação integrando metrô e ônibus para reorganizar o sistema de transporte público da Região Metropolitana”, disse Miguel.
Ele explicou que o redesenho do sistema de transporte da Região Metropolitana inclui os micro-ônibus, que atendem os bairros da periferia, e a melhora do BRT. “Vamos cuidar dos ônibus também, ofertando qualidade e conforto, e acabar com as tarifas do Anel A e do Anel B. Vai ser uma tarifa única e por demanda, ou seja, você paga por quilometragem e com preço limitado. Já temos o escopo e o projeto para que, a partir do próximo ano, a gente possa virar essa página”, acrescentou.
Habitação – Na sabatina, Miguel também falou sobre a política de habitação que pretende implementar. A proposta é criar um fundo de compensação com 1% dos recursos do ICMS para garantir moradia digna para a população de baixa renda. A meta do candidato é construir pelo menos 100 mil casas nos próximos quatro anos, priorizando as famílias que vivem em áreas de risco.
“O governo do estado precisa ser o grande articulador, o grande líder da política de habitação na Região Metropolitana. Pernambuco tem um déficit de 300 mil casas e 90% desse déficit está na Região Metropolitana. O governo do estado precisa assumir a responsabilidade. O governador é a maior liderança do estado e precisa defender o interesse das pessoas em qualquer tema”, disse Miguel Coelho.