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Lealdade

Esse substantivo indica uma qualidade expressa a honra, que não se limita apenas a fidelidade. Requer princípios que se coadunem com compromissos. Na política, por vezes se joga de lado a lealdade em busca de benesses ou mesmo favorecimento próprio.

A priori, os alardes que tomaram conta sobre o pleito que se avizinha em nosso Estado, não foge à regra dos observadores de plantão, onde as ameaças de rompimento se caracterizam pelo ego de políticos que buscam salvar seus mandatos, outros colocam em plano primeiro seus “pimpolhos” e os demais, almejam se auto favorecer ou ganhar luz em posições, mesmo dúbias que, ao olhar dos eleitores, nada mais querem se não estarem no pedestal.

Deputados que figuram ainda na lembrança e que alimentam a Lealdade, os quais convivi de perto, foram José Marcos de Lima (Estadual) e Inocêncio Oliveira (Federal). Na campanha do primeiro mandato de Eduardo Campos, Inocêncio Oliveira colocou o braço no ombro do candidato a governador e caminhou Pernambuco afora quando o neto de Arraes cambaleava em oito pontos percentuais nas pesquisas, não arredando as asas em momento algum para que Eduardo viesse a ser governador do Leão do Norte.

Zé Marcos patrocinou até despesas de comícios regionais para que o povo reafirmasse o voto no “Galeguinho dos Olhos Azuis”, como diziam as patotas mais jovens empenhados na campanha (se houve afastamento do grupo, são questões políticas particulares). Eduardo, como conta a história, elegeu-se e Pernambuco caminhou o rumo da sua política, elegendo-o mais uma vez e fazendo seu sucessor, por dois mandatos, com Paulo Câmara.

Como podemos afirmar a Lealdade de alguns candidatos? O que dizer de André de Paula que até dia desses estava com o governo Paulo Câmara? Seria prudente aqui expressar que tenho respeito pelo Deputado Federal, pela sua educação e conduta na vida pública. Mas, convenhamos, havia realmente necessidade de rompimento com o governo, onde ele passou três anos e meses com diversos cargos na gestão estadual e, com mandato de reeleição garantido de Deputado Federal para sonhar com um mandato de Senador, numa aventura eleitoral fadada a mais uma queda? Os acordos para garantir uma eleição não estariam acima do ego pessoal de cada um? Pois é, são fatos.

Noutra esteira, o também Deputado Federal Sebastião Oliveira, herdeiro político da águia sertaneja Inocêncio Oliveira, personalizando seus objetivos, (essa observação fazemos no contexto do “vai-e-vem” de Sebá), como chamado pelos seus seguidores, rompe com o governo de Paulo Câmara, onde permaneceu até a pouco para também aventurar-se numa chapa de Vice
Governador de Marília Arraes, onde cientistas e estudiosos da política, afirmam que começou o declínio da campanha da neta do Mito Arraes que se aproxima de outro denominado Mito (?) pelos apoios recebidos. Cada um com seus botões. No entanto, sabe Sebá que corre sério risco de ficar sem mandato pelos próximos quatro anos, encerrando o ciclo dos Oliveira de Serra Talhada na ALEPE e Câmara Federal, onde Inocêncio presidiu e assumiu, inclusive, por vezes, a Presidência da República.

Aguardemos para vermos o final da novela política desses e demais políticos que alçam voos de acordo com seus anseios e esquecem o passado, embora recente.

Joel Gomes Pessoa – Vereador PSB – Tuparetama


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