Por g1 SP — São Paulo
O PT lança oficialmente neste sábado (7) a chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva com Geraldo Alckmin (PSB) como vice para concorrer à Presidência da República nas eleições de 2022.
Os pré-candidatos serão apresentados em evento realizado a partir das 10h no Expo Center Norte, na Zona Norte de São Paulo. Alckmin, no entanto, participará apenas de forma virtual, já que foi diagnosticado com Covid-19 na sexta-feira (6).
Além das lideranças do PT e do PSB, a cerimônia também contará com a presença dos partidos que já declararam apoio formal à chapa: PCdoB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede. Centrais sindicais, movimentos sociais e militância das legendas também foram convocadas.
A formalização da aliança para efeitos estatutário e de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ocorrer apenas após 4 e 5 de junho, quando está marcado o Encontro Nacional do PT.
A escolha de Alckmin para a chapa faz parte de uma estratégia para que Lula consiga buscar votos de eleitores mais identificados com o centro.
Segundo apurou o blog da Andréia Sadi, a expectativa da campanha após o lançamento é a de que os dois se dividam em busca de votos: cada um com uma agenda. No caso de Alckmin, um roteiro voltado para religiosos, agronegócio e também eleitores do Sudeste – especialmente São Paulo – onde o PSDB governou por mais de 15 anos, derrotando o PT.
De acordo com a última pesquisa Datafolha, Lula tem 43% das intenções de voto no primeiro turno, contra 26% de Jair Bolsonaro (PL).
Indicação de Alckmin
O diretório nacional do PT aceitou em 13 de abril a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) para compor a chapa presidencial ao lado de Lula nas eleições de outubro.
Mesmo com mobilizações contrárias dentro da sigla, Alckmin teve a indicação aprovada por 68 votos favoráveis e 16 contrários (13 contrários a Alckmin como vice, mas a favor de aliança com o PSB; e três contrários a Alckmin e à aliança com o PSB).
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador do estado Marcio França (PSB) foram os principais articuladores da aliança. No contexto de negociação para a disputa presidencial deste ano, Lula e Alckmin apareceram juntos pela primeira vez no final de 2021, em jantar organizado por um grupo de advogados em São Paulo.
Em 2006, os dois se enfrentaram no segundo turno da eleição presidencial, quando Lula foi reeleito para o segundo mandato.
Para que a aliança deste ano fosse possível, Alckmin se filiou em 23 de março ao PSB, depois de deixar o PSDB após mais de 33 anos de trajetória na legenda.
Diga-se primeiro que a composição da chapa Lula-Alckmin foi uma decisão acertada, sendo uma ótima opção com chances reais de vitória já no primeiro turno.
Desses dois grandes nomes da política nacional, pode-se seguramente esperar, confirmada a vitória, um governo promissor com a certeza de políticas públicas voltadas sobretudo para o desenvolvimento e crescimento econômico, geração de empregos, redução da desigualdade e combate à fome e à miséria no país.
Lula e Alckmin têm tudo para dar certo e realizar um ótimo governo.
Obviamente que, no decorrer dos dias, as lideranças dos partidos que integram a aliança em torno da chapa Lula-Alckmin buscarão compor entendimentos com o fim de sanar eventuais diferenças ideológicas.
Para além das divergências político-ideológicas, é preciso compreender que Política é um processo dinâmico marcado por avanços e recuos e pelo tempo.
Política é ciência social, e por não ser uma ciência exata, seu bom exercício requer estratégias, perspicácia, articulação e sobretudo coragem.
Desse modo, periodicamente, a depender das circunstâncias e tendo em conta o cenário, o adversário político de ontem pode se tornar o seu aliado de hoje, sobretudo quando a aliança se dá com o objetivo de derrotar um inimigo comum.
E o inimigo comum a ser derrotado no Brasil não é outro senão a escalada do fascismo no paísimpulsionada por grupos extremistas que ressurgiram com ímpeto a partir de 2018, com a ascensão de Bolsonaro ao poder.
É vital que se encerre o atual governo em 2022 para que o Brasil retome o caminho do desenvolvimento, da prosperidade e da justiça, sem ideologias toscas e ultrapassadas, sem retrocessos civilizatórios, mas com posturas políticas dirigidas à construção de uma ordem social justa, embasada que seja no respeito ao pluralismo de ideias, usos, costumes, crenças e tradições.
É esse, em linhas gerais, o fundamento básico e principal objetivo que orienta a ampla aliança partidária em torno da chapa Lula-Alckmin que, confirmada a vitória, começará a produzir seus frutos a partir de 1º de janeiro de 2023.
Que Deus os abençoe e proteja nessa sua intrépida e promissora caminhada rumo à reconstrução do país !!
2022 !! LULA e ALCKMIN !! Para o Brasil voltar a crescer, e o povo voltar a sorrir.