O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) alertou para a redução dos investimentos públicos em Pernambuco, o que levou à segunda maior taxa de desemprego do país e à condição de pior estado do Brasil para se fazer negócios, segundo o Banco Mundial. Em discurso no plenário nesta terça-feira (17), ele lembrou o ciclo de crescimento virtuoso, que foi impulsionado por amplos investimentos em empreendimentos produtivos e obras de infraestrutura entre 2007 e 2014. Neste período, Pernambuco aportou R$ 13,6 bilhões, ultrapassando o maior estado da região Nordeste, a Bahia, perdendo apenas para o Ceará.
“Após esse ciclo de expansão, a economia pernambucana passa a encolher, refletindo a redução dos investimentos para níveis alarmantes”, disse o senador.
Segundo ele, nos últimos sete anos, o estado alocou R$ 6,6 bilhões, o que representa menos da metade de todo o investimento realizado entre 2007 e 2014. “Como resultado, Pernambuco ocupa hoje a quarta posição entre os estados do Nordeste, atrás da Bahia, do Ceará e do Maranhão”, afirmou.
Além do desemprego, Pernambuco amarga os piores indicadores do país em renda, segurança pública e saneamento básico. “As duas maiores cidades do estado, Recife e Jaboatão, estão entre as 20 piores do país em tratamento de esgoto; e quase metade dos pernambucanos não tem garantia de água na torneira com regularidade. Esse é o retrato do descaso, do abandono ao qual nosso estado foi submetido”, lamentou.
Fernando Bezerra destacou ainda que, além de estratégico para a geração de emprego, o investimento público catalisa o investimento privado, atraindo e potencializando o aporte em projetos estruturantes. E defendeu um amplo programa de investimentos para recuperar a economia do estado.
“A reconstrução da economia de Pernambuco depende da vontade política e da capacidade de nossos governantes de implementar um amplo programa de investimentos públicos e privados, que promova a modernização da infraestrutura do estado, o aperfeiçoamento dos serviços públicos e o alinhamento das estruturas produtivas às transformações econômicas e tecnológicas da última década. Esse é o caminho que levará Pernambuco a se reencontrar com o seu protagonismo histórico no desenvolvimento do Nordeste e do Brasil”, concluiu.