Na manhã desta sexta-feira (01), recebi a presença do mochileiro, ex-funcionário deste blog e amigo pessoal Handson Matheus, que por mais de um ano viajou pelas terras brasileiras e estrangeiras vizinhas de moto, à pé e conseguindo caronas.
Com apenas uma mochila nas costas, sem dinheiro e dormindo na rua, Matheus andou quase 11 mil quilômetros Brasil à dentro, tendo visitado quase todos os Estados tupiniquins e Estado em território fronteiriço de países como Uruguai e Guiana Francesa.
O mochileiro — como são chamados os viajantes peregrinos que carregam apenas uma mochila e pouco ou quase nenhum suporte financeiro — trabalhou com este blogueiro por dois anos antes de se despedir para esta singular aventura. “Eu saí de casa com pouco mais de R$ 100 no bolso, só sabia, minha família e você Finfa. Estava de moto e precisava custeá-la. 10 meses depois eu havia conhecido todo o nordeste e sudeste da moto, colecionado dezenas de histórias, amigos, registros, passado pelas mais malucas experiências e me tornado um malabarista mediano (risos). Quando cheguei em São Paulo, deixei a moto, comprei uma mochila, coloquei algumas roupas dentro e continuei descendo o País”, revelou ao blog.
Deste ponto em diante, Matheus passou a divulgar a sua viagem com mais frequência nas redes sociais. “Eu saí de casa quase que anonimamente. Pouquíssimas pessoas sabiam. Era uma viagem bem pessoal e por essa razão eu nem pensava na divulgação. Depois de muita insistência de amigos e familiares que recebiam minhas notícias e ouviam minhas histórias, comecei a noticiar o mochilão com mais frequência.”
Você já ouviu a frase “do Oiapoque ao Chuí?”. Matheus foi até o Chuí, no Uruguai, apenas pedindo carona a quem encontrava no caminho. Chegando no Chuí, decidiu ir até o Oiapoque, no extremo norte do Brasil, divisa com o território francês. “Foram dois meses e meio para cruzar o país e voltar para casa. Até a volta para Afogados foi de carona”, disse o mochileiro.
De carona, como de costume, Matheus chegou à Afogados na tarde de ontem (31.03), depois de 1 ano e 1 mês longe de casa. “Por alguma razão engraçada, eu desci do caminhão agindo no automático como eu sempre fazia: reconhecendo o terreno à procura de postos de gasolina para dormir, algum lugar para pedir outra carona ou qualquer sinal de vida que eu pudesse usar para fazer amizades. Tratei Afogados como mais uma cidade da minha caminhada. Só depois de alguns minutos que a ficha foi caindo”, pontuou Matheus.
Agora em casa, ele deve focar em preparar a sua próxima viagem e, principalmente, divulgar mais detalhes da que se passou. Siga-o nas redes sociais para se manter informado das mais estranhas, engraçadas e perigosas histórias que o mochileiro afogadense irá expor enquanto descansa nos braços da sua terra.