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Luciana Santos e Juliana Fratini abordaram desigualdade de gênero na política durante lançamento de livro

Noite de autógrafos do livro “Princesas de Maquiavel: por mais mulheres na política” aconteceu na Livraria Leitura na noite desta terça

Diversas personalidades participaram, nesta terça (5), da noite de autógrafos do livro “Princesas de Maquiavel: por mais mulheres na política”, organizado pela cientista política Juliana Fratini. “Independentemente de serem de esquerda ou de direita, todas as mulheres [na política] sofrem os mesmos problemas e os mesmos desafios”, disse ela. A vice-governadora Luciana Santos, que escreve um dos capítulos da publicação, falou sobre a sub-representação e o silenciamento femininos na política.

Entre os presentes na Livraria Leitura, no Shopping Recife – onde ocorreu o lançamento -, estavam as secretárias da Mulher do Estado, Ana Elisa Sobreira, e do Recife, Glauce Medeiros; a primeira-dama Ana Luiza Câmara; as vereadoras Cida Pedrosa e Dani Portela; o secretário de Prevenção à Violência e Drogas, Cloves Benevides; a diretora de Promoção da Economia Criativa, Márcia Souto; e o deputado estadual Waldemar Borges.

O livro reúne textos de diferentes lideranças femininas – de vários partidos, empresárias, jornalistas e representantes de movimentos sociais. E aborda justamente a importância de ampliar a participação das mulheres na política. Apesar de serem 51,8% da população brasileira, as mulheres ocupam apenas 15% das cadeiras na Câmara de Deputados, um exemplo da desigualdade.

“As limitações impostas para as mulheres, que estão sempre ouvindo que não podem isso, não podem aquilo, mexem nas nossas subjetividades desde cedo. Apesar de estarmos em pleno século 21, a expectativa que se tem para as mulheres continua sendo no espaço privado. O espaço público ainda não é encarado como um espaço em que as mulheres precisam estar, embora sejamos mais de 40% da população economicamente ativa e maioria entre os universitários, por exemplo”, colocou Luciana Santos, em sua fala na abertura do evento.

Ela ressaltou ainda que a história é narrada sempre do ponto de vista masculino, sem retratar o papel das mulheres. E destacou que, para romper com a opressão e desigualdade de gênero, é preciso associar política pública e elevação da consciência. Nesse sentido, citou os empenhos do governo do estado e a atuação de seu partido, o PCdoB, que tem grande participação de mulheres em sua direção e em suas bancadas.

Em seu artigo no livro, Luciana Santos fala sobre sua trajetória na política, as dificuldades impostas às mulheres e os desafios para ampliar a representação feminina. Entre as autoras de outros capítulos, estão as deputadas Gleisi Hoffmann (PT), Fernanda Melchiona (PSOL) e Joice Hasselmann (PSL), a senadora Mara Gabrilli (PSDB) e as empresárias Luiza Trajano e Lígia Pinto.

Da editora Matrix, a obra se propõe a valorizar o papel das mulheres na política e estimular o debate sobre como diminuir o machismo, combater a misoginia e aumentar o engajamento feminino, respeitando as diferenças. (Fotos: Diego Galba)


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