O pré-candidato ao governo do Estado pelo PSOL, João Arnaldo, criticou, nesta quarta-feira, a escalada da violência em Pernambuco. “O homicídio em Pernambuco é uma epidemia, uma tragédia social gravíssima. Quando você junta isso com a fome, o desemprego e a falta de habitação, não faz sentido essa inanição política que estamos vivendo por conta da omissão do Estado em fazer algo mais robusto para reverter esse cenário”, destacou. “O que temos é praticamente um Pacto Pela Morte entre o governo e a oposição tradicional, que na prática defendem o mesmo tipo de política.”
João Arnaldo falou sobre a desconstrução das ideias do Pacto Pela Vida. “A atual gestão desconstruiu o Pacto Pela Vida em vez de fazer evoluir. O resultado é a explosão da violência”, salientou o pré-candidato, lembrando os últimos indicadores de violência em Pernambuco.
Para João Arnaldo, entender o cenário em que a violência disparou passa pelo diálogo com a população. “A gente precisa conversar com o povo. As pessoas sabem o que acontece nos territórios. Mas esses políticos tradicionais não gostam de conversar com o povo. O tipo de conversa que eles fazem é de arranjos eleitorais. É negociar estrutura, investimento, apoio, quanto custa isso para ter apoio. Não sabem sentar para conversar , entender a necessidade da população e pactuar com o povo a melhoria de vida.”
Por fim, João classificou como populistas as propostas de pré-candidatos ao governo do Estado para armar as guardas municipais. “Não vamos reverter esse quadro com populismo penal, com o discurso fácil de defender o armamento da população ou das guardas municipais. Armar a guarda municipal é criar uma Polícia Militar paralela desconectada da PM do Estado, que já é desconectada da Polícia Civil, que já é desconectada da Polícia Federal. Não há planejamento nem uso de inteligência policial. Ninguém se entende, ninguém conversa e quem gosta disso é o crime organizado”, finalizou.