O Rio Ipojuca agoniza pelos 324km de percurso. Sua nascente fica Arcoverde dando origem ao nome do distrito de Ipojuca, entre as localidades Pedreiras e Lagoa, a uma altitude de 876 metros. Já a sua foz é no Porto de Suape. O Ipojuca está tão poluído que suas águas, que um dia deram origem e proporcionaram o crescimento de cidades do agreste estão impróprias para consumo humano e para a agricultura.
“É inadmissível que o Rio Ipojuca, que já representou tanto para os arcoverdenses e para os agrestinos esteja em situação de calamidade devido a ação do homem e a falta de gestão da Compesa e do Governo do Estado. Em 2013, governo assinou fez empréstimo de US$ 330 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para revitalização e esgotamento sanitário nas cidades banhadas pelo rio. Quase 10 anos depois quase nada mudou”, pontua Zeca Cavalcanti.
O trecho mais poluído está entre os municípios de São Caitano, Caruaru, Bezerros e Gravatá, mas o Rio corta 25 cidades ao longo do seu trajeto e servia de sustento para abastecimento, banho, consumo e agricultura da população. Em Pernambuco existem menos estações de tratamento de esgoto (158 unidades) do que municípios (185), o que compromete a preservação das águas dos rios e mares.