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Samu do Recife atinge menor média móvel nos atendimentos por causas respiratórias desde o início da pandemia da covid-19

No mês em que se completam dois anos desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a covid-19 era uma pandemia, a capital pernambucana registrou um importante marco: o Samu Metropolitano do Recife alcançou a menor média móvel de envio de ambulâncias desde a chegada do novo coronavírus à cidade. O número, que se refere à média de atendimentos nos sete dias anteriores, ficou em 5,7 ontem (quinta, 10) – quando foram enviadas cinco ambulâncias para este tipo de chamado. Desde o início do mês de março, a curva dos atendimentos por causas respiratórias do Samu 192 também vem apresentando tendência de queda.

Nos dias 7, 8 e 9 de março, o Serviço enviou nove, seis e cinco ambulâncias, respectivamente, para o atendimento de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (srag), o que resultou nas seguintes médias móveis: 7,1; 6,9; e 6,1. Os números se aproximam do padrão que era registrado antes da pandemia. “Naquela época, nossa média de atendimentos para essa causa ficava entre três e cinco por dia. A queda reflete o avanço da vacinação e os cuidados sanitários. Por isso, precisamos continuar nos cuidando”, pontua o coordenador geral do Samu Metropolitano do Recife, Leonardo Gomes.

Este ano, o pico de envios de ambulâncias do Samu 192 para atender pacientes respiratórios foi registrado no dia 2 de janeiro, quando foram enviados 46 veículos, atingindo, também, a maior média móvel de 2022 – 43,1. Durante a pandemia, o Serviço tornou-se a porta de entrada para pacientes com srag, bem como o responsável pelo transporte entre as unidades que fazem o primeiro atendimento, como as emergências das policlínicas, UPAs e os hospitais de referência para enfrentamento da covid-19. No pico, o Samu chegou a enviar 80 ambulâncias em um único dia para atender casos de srag.

Para dar conta das demandas, a frota de veículos do Samu 192 foi expandida e chegou a contar com 30 ambulâncias para atender as ocorrências no Recife, das quais 24 eram de Unidades de Suporte Básico e seis de Unidades de Suporte Avançado (USA). Atualmente, conta com uma frota de 24 ambulâncias nas ruas, sendo 20 USBs e quatro USAs, para realizar uma média de 3.800 atendimentos por mês. “Somos linha de frente e vivenciamos três picos muito fortes da pandemia em Pernambuco. Após dois anos de muito trabalho, reforço de equipe e de ambulâncias para suprir o grande aumento da demanda devido à covid-19, ver o atual cenário nos deixa esperançosos para o futuro”, comenta Leonardo.


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