Trocar experiências e promover integração entre produtos e modo de produção artesanal da Região Metropolitana, Sertão, Agreste e Zona da Mata. Esse é o objetivo do projeto Intercâmbio Entre Grupos de Artesãos Pernambucanos, que desembarca no próximo dia 23, na Estação do Forró de Serra Talhada, onde promove em sua culminância uma grande feira de exposição e comercialização até o dia 26, dentro da programação da Feira Literária de Serra Talhada – FLIST.
Após acontecer no Recife, o encontro chega ao Sertão do estado visando oferecer uma variedade de produtos, dos mais diversos tipos de construção artesanal e características das regiões. Além de promover a exposição, o projeto teve em seu propósito promover formação entre os artesãos, por meio de palestras focando o papel deles e a qualidade do produto face à consolidação da cadeia produtiva do artesanato a partir dos princípios da economia solidária.
Na capital, a culminância aconteceu em outubro na Praça do Arsenal, Bairro do Recife, consolidado como um sucesso no resultado proposto pelo projeto. Agora, no Sertão, o encontro chega para fortalecer ainda mais a força da economia solidária, apresentando uma ampla diversidade de produtos, dos mais diversos tipos, jeitos e formas que a arte do artesanato permite.
“O intercâmbio entre grupos de artesãos pernambucanos é em sua totalidade um conjunto de oportunidades para nós artesãs, que ainda vivermos os impactos sociais e econômicos decorrentes da Covid-19. É um bom momento para fazer negócios, trocar experiências e ter contato direto com o consumidor que aprecia o bom artesanato”, ressalta Maria Severina da Silva, produtora e coordenadora geral do projeto.
O projeto Intercâmbio Entre Grupos de Artesãos Pernambucanos conta com incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco e apoio da Associação de Empreendimentos Econômicos Solidários Bem Viver, Secretaria de Cultura de Serra Talhada e Prefeitura Municipal de Serra Talhada.
SOBRE A ECONOMIA SOLIDÁRIA
A Economia Solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de artesanato, moeda social, comércio justo e consumo solidário, e possui as seguintes características: cooperação, autogestão e solidariedade. Em Pernambuco seu viés mais forte se dá em relação à produção do artesanato, onde vários artesãos e artesãs se organizam em grupos de produção, que por sua vez estão ligados aos diversos fóruns de Economia Solidária.