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Ministério da Saúde estenderá dose de reforço a toda a população adulta

Por Agência O Globo

O Ministério da Saúde ampliará a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 aos adultos de 18 a 59 anos. Antes, a medida era autorizada para idosos, imunossuprimidos e profissionais de saúde. O intervalo, que antes era de seis meses para os três grupos, cairá para cinco para todo o público-alvo. A pasta estima que 158 milhões de pessoas estarão aptas a recebê-la.

A avaliação de integrantes da área técnica para a medida é positiva, como apurou O GLOBO. Eles avaliam pesquisas que mostram a queda da proteção vacinal com o passar do tempo e aguardam resultado de novas publicações. Dentro das faixas etárias, a decisão pode, ainda, priorizar grupos como gestantes e pessoas com comorbidades.

“Nós temos doses suficientes para garantir para garantir que cheguem a todas as 38 mil unidades de saúde no Brasil” afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante entrevista à imprensa.

O planejamento da pasta para o novo ciclo de vacinação em 2022 já considerava uma dose de reforço para pessoas de 18 a 60 anos e duas doses (uma em cada semestre) para idosos com mais de 60 anos e imunossuprimidos. Para o próximo ano, a pasta decidiu usar 354 milhões de doses. Além disso, pode haver extensão do público-alvo para menores de 12 anos, por exemplo, caso haja aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entre os pontos a serem considerados, está a disponibilidade de doses da pasta. Dados da projeção de entregas da pasta, atualizados semanalmente, indicam a entrega de 86,2 milhões de doses em novembro — sendo 21,7 milhões de AstraZeneca, 56,7 milhões de Pfizer e 7,7 milhões de Janssen.

Ainda segundo o ministério, o Brasil também deve receber 111,2 milhões em dezembro, das quais são 41,3 milhões de AstraZeneca (incluindo 5,1 milhões via Covax Facility), 17,9 milhões de Pfizer e 28,4 milhões de Janssen. Além disso, há previsão de receber outras 23,5 milhões de vacinas do consórcio global liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no próximo mês, mas o laboratório ainda não foi divulgado.

Esses números, porém, podem mudar até o fim do ano, já que parte do quantitativo depende de confirmação dos laboratórios sobre a disponibilidade de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para produzir os imunizantes.


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