O prefeito da capital pernambucana disse também que o tema do jantar não será a eleição do ano que vem, e sim, a crise vivida pelo país por causa da pandemia, do desemprego e das ameaças à democracia feitas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Estarei presente no jantar com o ex-presidente Lula, aqui no Recife. Tenho certeza que a pauta não será eleição. A conversa é sobre o momento desafiador que o país passa. A pandemia ainda está registrando um número elevado de óbitos por dia no país, o desemprego atinge mais de 14 milhões de brasileiros e temos o desafio de enfrentar iniciativas anti-democráticas quase diariamente. Garantir a democracia é fundamental. São sobre esses pontos que a conversa deve tratar. Esses são as questões do momento, disse.
O grupo de Pernambuco tem a maior influência nas decisões tomadas pelo comando nacional do PSB, mas está dividido. Campos faz parte da ala do PSB que resiste a um apoio a Lula. Paulo Câmara, por sua vez, é defensor da aliança.
A eleição é em 22, que é o ano da disputa eleitoral, e aí deverá ser discutida pelos partidos. E eu já registrei minha posição de que o PSB deve ter protagonismo e deve apresentar uma candidatura própria. É o melhor cenário que observo.
Sempre que visita Recife, Lula costuma se encontrar com a família de Eduardo Campos, cuja morte num acidente aéreo durante a campanha presidencial de 2014 completa sete anos nesta sexta-feira. Eduardo foi ministro do governo Lula e tinha amizade estreita com o petista.
O jantar com os integrantes do PSB será o primeiro compromisso de Lula em sua viagem por seis estados do Nordeste. O ex-presidente quer aparar as arestas com o PSB para viabilizar o apoio do partido a sua candidatura em 2022.
Além de Pernambuco, Lula também visitará Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.(O Globo