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Antônio Mariano de Brito: O professor da esperança!

Por: Carlos Eduardo Queiroz Pessoa
Afogadense – Professor

A história ensina que a eternidade está cristalizada no coração do povo. Não é mero aforismo, pretensiosamente apologético, calcado em dado hipotético sem qualquer relação concreta com a vida social.

Trata-se de uma constatação inconteste baseada no testemunho heroico de quem rompe com os limites do inalcançável. A utopia talvez seja a marca criativa indelével de Deus que torna capaz a humanidade transformar a vida, o mundo e a sociedade, a fim de construir possibilidades de projetar o futuro, antecipando os sonhos inimagináveis para o presente. Sem, contudo, esquecer as condições do passado.

Aprender com as experiências do processo de formação é fundamental para qualquer transformação no âmbito da consciência social. Viver é uma grande e única oportunidade para sonhar. Por essa razão, a esperança torna-se uma virtude plasmada na fé obstinada em acreditar na mudança. Entre aprender e ensinar, Antônio Mariano de Brito, alcançou a sabedoria e acreditou que poderia realizar seus sonhos.

Um Professor que assumiu a missão de tornar possível unir fé e razão em busca de promover o cidadão. Acreditou que a política, enquanto estrutura de poder, era capaz de transformar a sociedade. Dedicou sua vida em servir politicamente! Enquanto, ideologicamente, fez uma opção orientada em defender os mais pobres, mesmo que contra interesses da cultura política clientelista, coronelista e oligárquica de sua época.

O traço distintivo que caracterizou moralmente, Antônio Mariano, talvez tenha sido compreender que a sabedoria popular é um conhecimento insculpido no interior da própria esperança, enquanto virtude que acredita sempre na mudança. Entregar sua vida à política quem sabe foi seu maior desafio porque caminhar ao lado dos pobres e conviver com os poderosos é participar de um tribunal histórico de julgamento político eterno.

O povo é sábio e sabe julgar! Além disso, reconhecer quando erra e é preciso mudar o curso da história. Antônio Mariano de Brito parece esquecido pelos poderes constituídos, mas que não cansa em renascer qual semente no terreno fértil do coração dos humildes.

Os poderosos não conseguirão fazer de sua presença na vida do povo afogadense uma história de ausência.

A dívida histórica de reconhecimento a inúmeras personalidades afogadenses é vergonhosa. No caso de Antônio Mariano de Brito é trágica: uma liderança política e popular forjada a partir das classes subalternas; um Professor do ensino público desrespeitado; por outro lado, um descaso completo com a cultura de memória histórica Municipal e Estadual, pois foi Vereador, Prefeito e Deputado Estadual.

A insatisfação cresce em torno de uma governança que não institui uma política pública de memória social a fim de preservar o acervo cultural de nosso povo.

Solidarizo-me enquanto cidadão com o blogueiro Júnior Finfa que recentemente cobrou de forma consciente uma postura adequada dos poderes Legislativo e Executivo acerca da falta de manifestação institucional sobre a preservação de nossa história, que passa inevitavelmente por respeitar o nosso passado político, cultural e social.

Antônio Mariano de Brito que foi Deputado Estadual, por inúmeros mandatos, merece um espaço dedicado à defesa da Democracia, dos Direitos Humanos e sobretudo que ajude à organização e mobilização dos movimentos sociais no Pajeú.

 


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