Por G1 PE
Doze pessoas foram presas em flagrante durante a Operação Cristalino, deflagrada, na quinta (6) pela Polícia Civil e pela Receita Federal, para combater falsificação e venda ilegal de óculos no Recife. Segundo balanço apresentado nesta sexta (7), os agentes e fiscais apreenderam cerca de uma tonelada de produtos, avaliados em R$ 1 milhão.
As informações sobre a operação foram repassadas durante entrevista coletiva concedida pela delegada Thaís Galba, da Delegacia de Defesa dos Direitos dos Consumidores, na área central da capital pernambucana.
A policial informou que foram presos integrantes de uma organização criminosa especializada em produzir e vender armações de óculos de sol e de grau ilegais.
O grupo, segundo a delegada, comprava produtos falsificados, que vinham do exterior, e usava máquinas para fazer gravações de marcas internacionais nas lentes e armações.
Quatro equipamentos que faziam impressões sofisticadas foram apreendidos. Os policiais também recolheram uma pistola, um revólver e 52 munições, além de R$ 20 mil.
Os óculos estavam expostos à venda em três lojas e guardados em depósitos no bairro de São José, na área central da cidade.
“Óculos de marcas internacionais famosas vendidos em shoppings e que custam R$ 1.500 eram comercializados por até R$ 50 em uma dessas lojas que foram alvo de mandados de busca e apreensão”, disse a delegada.
Os 12 presos foram enquadrados em vários crimes e podem pegar mais de dez anos de prisão. Eles aguardam o resultado da audiência de custódia.
Entre os delitos praticados, estão crimes contra a marca e concorrência desleal e contra as relações de consumo, fraude no comércio, receptação qualificada, além de associação criminosa.
“As pessoas foram autuadas por inserir no mercado produtos que sabiam que eram de origem criminosa. Os revendedores que vão lá comprar incidem no mesmo crime de receptação qualificada e o consumidor final é enquadrado por receptação culposa”, explicou a delegada.
O dono de uma das lojas não foi encontrado pela polícia. “Ele não está foragido, por não termos o mandado de prisão. Fizemos buscas nas lojas e na casa dele”, disse a delegada. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.