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Pernambucanos concorrem a prêmio nacional na agropecuária

Pernambuco tem dois projetos classificados no Prêmio CNA Jovem. Em sua 4ª edição, o programa é reconhecido como um importante instrumento de incentivo a formação de lideranças para a agropecuária brasileira.

“Os jovens pernambucanos, que atuam no meio rural, têm desenvolvido alternativas inovadoras. E este concurso é uma oportunidade de trocar experiências e adquirir conhecimentos sob o ponto de vista nacional, mas com foco de atuação local”, avalia o superintendente do Senar/PE, Adriano Moraes.

Jonathan da Silva (22), do Recife, e Elisângela de Freitas (29), de Parnamirim, representam o estado na competição, sediada em Brasília. Ambos desenvolveram um plano de ação – intitulado Desafio, com o intuito de solucionar gargalos com que se defronta o setor.

O desafio “Ociosidade de terras em pequenas propriedades rurais no interior do estado”, criado por Jonathan, ganhou destaque na competição. Isso porque, a problemática levantada pelo jovem, técnico em Agronegócio e médico veterinário, contesta o crescente número de aéreas ociosas, limitadas a moradia e manutenção da vegetação, para consumo familiar, assim como o abandono dos recursos naturais, instalações e maquinários.

“Esses fatores influenciam na perda da capacidade produtiva, o que impacta diretamente os produtores rurais, seus sucessores, associações e cooperativas. Indiretamente, são atingidos os fornecedores de insumos, agroindústrias, profissionais de ciências agrárias, comerciantes e consumidores”, esclareceu o competidor.

Diante desse cenário, o estudo de Jonathan propõe a ampliação dos serviços de assistência técnica, investimento em tecnologia e inovação, regularização territorial e o incentivo da sucessão familiar no meio rural como medidas para reverter tal realidade.

Já o desafio “Manejo do solo e produção vegetal, no Agreste do estado de Pernambuco”, lançado Elisângela, almeja ampliar a produtividade, por meio da conservação das terras agrícolas.

Para isso, a engenheira agrônoma e técnica administrativa em Educação, pretende canalizar os conhecimentos sobre a ciência do solo, a fim de torná-los acessíveis aos produtores que, orientados, passarão a cultivar e conservar suas terras com mais eficiência.

Vale ressaltar que os desastres ambientais relacionados aos solos preocupam a comunidade científica desde o Dust Bowl, fenômeno causado pelo uso inadequado do solo nos Estados Unidos, em 1930, que resultou na morte de milhares de pessoas.

“Precisamos nos antever a esses acontecimentos, protegendo as nossas terras. Dessa forma, vamos para garantir tanto a produtividade agrícola, como a segurança alimentar e nutricional da população”, alerta Elisângela.

Ao todo, 80 jovens, com idades entre 22 a 30 anos, participam da competição em todo o país. Eles estão divididos em equipes ligadas a cinco áreas: institucional, sindical, política, empresarial e educacional.

Segundo Marli Silva, supervisora pedagógica do Senar/PE Pernambuco, os participantes contam com acompanhamento e orientação técnica da instituição para lapidarem a viabilidade e o impacto das suas ideias, durante toda a competição.

O grupo que liderar a proposta mais relevante, de acordo os critérios da banca avaliadora, terá uma premiação, que deverá ser anunciada nos próximos dias.

A iniciativa é uma realização da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).


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