A Fundação de Amparo à Ciência e a Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), órgão ligado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), executou, em 2020, o maior orçamento da sua história. O valor, com maior participação de repasses feitos pelo Tesouro do Estado, alcançou R$ 66 milhões. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (23), durante a primeira reunião do Conselho Gestor da instituição de 2021, na sede do órgão, no bairro da Madalena, no Recife. Para este ano, o valor aprovado no Orçamento Geral do Estado é de R$ 72 milhões a serem destinados para Facepe.
“Nunca se investiu tanto na Facepe. Com isso, Pernambuco passa a ter uma melhor classificação no ranking de estados que aportam mais recursos em pesquisa científica no Brasil. A gente deixa de ser o quinto lugar e passa a ocupar a quarta posição em investimentos proporcionais em pesquisas científicas. E isso tudo graças a sensibilidade do governador Paulo Câmara em perceber que a ciência é fundamental para que a gente possa promover o desenvolvimento do Estado, especialmente nesse momento de pandemia”, destacou o secretário de CT&I, Lucas Ramos, que também é presidente do Conselho Gestor da Facepe. “Nosso esforço é para trazer para perto os setores produtivos e, juntos, pensar em soluções para os problemas. Estamos em constante diálogo com a Fiepe, Sebrae, Fecomércio e outras entidades representativas para que, a cada dia, a gente possa aproximar as instituições”, complementou Ramos.
“Se a gente for comparar 2020 em relação a outros anos, por exemplo, chegaremos à conclusão de que tivermos um aumento de R$ 13 milhões no nosso orçamento anual”, explicou o presidente da Facepe, Fernando Jucá, ao destacar que quando o secretário Lucas Ramos assumiu a Secti priorizou o aumento nos repasses para que fosse possível equilibrar o caixa – com o Governo do Estado liquidando todo o passivo da instituição – e avançar no trabalho de apoio a projetos, pesquisas e pagamentos de bolsas.
“Este ano, estamos com as contas em dia e, ainda assim, temos uma perspectiva de investimento maior, na ordem de R$ 72 milhões, em 2021. Tudo isso só mostra o compromisso do Governo do Estado e, também, do nosso secretário de CT&I, Lucas Ramos, em relação à pesquisa e a ciência”, destacou Jucá.
Para 2021, conforme discutido na reunião do Conselho Gestor, foi definido um cronograma robusto de atividades que, além das ações emergenciais em apoio ao Governo do Estado, preveem a contratação do projeto de melhorias estruturais na sede da Facepe, conclusão da digitalização do acervo da instituição, o desenvolvimento de editais regulares e a conclusão das ações relativas ao mapeamento de competências de pesquisadores e laboratórios em Pernambuco.
“Neste ano desafiador, a Facepe terá um papel ainda mais importante no apoio ao Governo de Pernambuco na tomada de decisões estratégicas e fortalecimento de um ambiente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação no Estado”, destacou o secretário Lucas Ramos. “Diante dos sucessivos cortes da União nas instituições de ciências no Brasil, encarados com muita tristeza por parte da Academia e dos setores produtivos, temos que destacar o esforço e participação maior do Tesouro do Estado na formatação do orçamento da Facepe”, disse ele.
Ao fim da reunião, o secretário Lucas Ramos também fez um apelo para que se pense em pautas ousadas e intensas para 2021. “Temas interessantes a exemplo de eficiência energética, novas fontes de energia, energia renovável em substituição ao combustível fóssil e atender as demandas trazidas por veículos elétricos e veículos movidos ao biocombustível”, concluiu.