Roger Dias/Estado de Minas
Ex-prefeito de Salvador e ex-deputado federal, o presidente do Democratas, Antônio Carlos Magalhães Neto, criticou o deputado João Roma (Republicanos-BA), seu aliado político e ex-funcionário de gabinete, por ter aceitado a chefia do Ministério da Cidadania.
A confirmação de Roma como chefe da pasta ocorreu na tarde desta sexta-feira (12/2), depois de convite do presidente Jair Bolsonaro. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União.
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“Considero lamentável a aceitação, pelo deputado João Roma, do convite do Palácio do Planalto para assumir o Ministério da Cidadania. A decisão me surpreende porque desconsidera a relação política e a amizade pessoal que construímos ao longo de toda a vida”, publicou ACM Neto no Twitter.O presidente do Democratas se tornou desafeto de Bolsonaro e até mesmo tentou convencer João Roma a não aceitar o ministério. Ele ameaçou a transformar o DEM em partido de oposição do governo federal, caso a nomeação ocorresse.
“Se a intenção do Palácio do Planalto é me intimidar, limitar a expressão das minhas opiniões ou reduzir as minhas críticas, serviu antes para reforçar a minha certeza de que me manter distante do governo federal é o caminho certo a ser trilhado, pelo bem do Brasil”, postou ACM Neto.
Pioneiro
O partido faz parte do Centrão, grupo que se aproximou do presidente e ajudou nas eleições de Arthur Lira (Progressistas-AL) para a presidência da Câmara, e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado – ambos foram apoiados por Bolsonaro.
Com a nomeação de João Roma para a Cidadania, o ex-chefe da pasta, Onyx Lorenzoni, se transferiu para Secretaria-Geral da Presidência.