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Tadeu Alencar lamenta decisão de eleição da Câmara ser presencial: “Um risco”

O deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) se posicionou contra a realização da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados de forma presencial. O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou na última segunda-feira a decisão e marcou a data para o pleito: 1º de fevereiro.

Para Tadeu Alencar, a opção é uma incongruência com o momento vivido pelo Brasil.

“Acho que uma decisão de tamanho relevo para o país, do terceiro cargo na hierarquia do poder, depois do presidente da República e do vice, deveria, em tese, ser presencial porque demanda debates e articulações que melhor ocorreriam de maneira direta, com a presença em Plenário; mas estamos enfrentando ainda uma pandemia. Mesmo com o início da vacinação no Brasil, vamos ter o deslocamento de mais de 500 parlamentares dos seus Estados para a Câmara dos Deputados, pegando aviões, podendo aglomerar, implicando num risco para o país”.

Tadeu Alencar justifica sua posição lembrando que diversas pautas importantes para o país foram discutidas e votadas de forma remota durante o ano de 2020 e que esse formato não as deslegitima.

“Vivemos todo o ano de 2020 com o funcionamento virtual. Eu defendi que a Câmara voltasse a funcionar normalmente, mas as condições sanitárias não o permitiram e o modelo presencial, com todos ao mesmo tempo, não me parece e não é o melhor modelo nesse momento. Precisamos ser exemplares se queremos que a população atenda aos protocolos das autoridades de saúde. Do ponto de vista de segurança de sistema, não há nenhum fato que justifique ou faça presumir uma fragilidade do sistema. Votamos todas as matérias, das mais importantes, de maneira virtual”, completou.

O deputado acredita ainda que o momento pedia um formato híbrido, sobretudo para resguardar os parlamentares que estão no grupo de risco.

“Poderíamos ter uma segmentação etária para proteger os mais idosos, uma preservação do distanciamento, um escalonamento, mas o que preocupa é esse deslocamento de mais de 500 parlamentares de todas as regiões do País, acrescido de assessorias. Essa eleição, no formato aprovado, pode ser um fator de propagação do vírus e, por isso, vejo como indesejável, não havendo justificativa razoável para que ela não se faça de maneira virtual”, completou Tadeu, que não acredita numa mudança dessa decisão pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.


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