Por G1 PE
O avião da Azul Linhas Aéreas que sairia do Recife para buscar vacinas contra a Covid-19 em Mumbai, na Índia, terá uma nova missão. Segundo a empresa, a aeronave vai levar cilindros de oxigênio para Manaus (AM), que está em colapso na rede de saúde por causa do aumento de casos do novo coronavírus.
O comunicado foi feito na noite desta sexta-feira (15), pela companhia. O avião deveria ter saído do Recife na noite de quinta (14), mas o voo para a Índia foi remarcado para esta sexta (15) e terminou sendo adiado. Também nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o “avião iria atrasar” (veja vídeo abaixo).
Depois de um dia de espera, a Azul definiu a nova missão do avião. O Airbus A330neo tinha previsão de decolagem às 23h desta sexta, da capital pernambucana, com destino a Campinas (SP), base operacional da companhia. No entanto, houve um atraso e a aeronave decolou de Recife às 3h58 deste sábado (16).
Ainda no sábado, a empresa informou que ele decolará da cidade, no interior paulista, para Manaus, mas não divulgou o horário.
Por meio de nota, a Azul informou que o pedido para levar oxigênio para a capital do Amazonas foi feito pelo Ministério da Saúde.
“O voo será feito pela mesma aeronave que partiria hoje [esta sexta] para Mumbai, na Índia, uma vez que a missão terá seu início reprogramado enquanto às questões diplomáticas entre os dois países são resolvidas e as doses da vacina Astrazeneca/Oxford possam ser trazidas ao Brasil”, disse o comunicado da companhia aérea.
A aeronave da companhia levará sua capacidade máxima para esse tipo de carga, segundo a nota. O carregamento com os cilindros de oxigênio será feito em Campinas.
“Nossa intenção é ajudar o Brasil e os brasileiros e não mediremos esforços para oferecer apoio logístico no transporte de matérias para o combate à Covid-19. Estamos prontos para voar à Índia e também para transportar o que for necessário dentro do Brasil”, disse a empresa, no comunicado.
Vacina
O voo da Azul para Mumbai tinha como objetivo pegar 2 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 desenvolvidas pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e produzidas na Índia.
A operação montada para buscar a vacina esbarrou na burocracia logística internacional entre os governos dos dois países.
Nesta sexta-feira (15), Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em entrevista à TV Bandeirantes, que “pressões políticas” na Índia retardaram a partida do avião brasileiro.
Na quinta-feira, um porta-voz da Índia disse que “é muito cedo para dar uma resposta”, sobre a exportação para o Brasil e outros países.