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Crônica de Ademar Rafael

A MAIOR DO MUNDO É IGUAL?

O mercado de TV por assinatura no Brasil sempre quebrou contratos no tocante ao volume de propagandas durante as exibições. Pela regra era para ser muito menos, aceitamos numa boa. Neste grupo encontramos os canais de notícias: Globo News, Record News, Band News e Fox News que produzem pautas repetidas durante toda programação, mudando as vezes os analistas entre um programa e outro. Todas recheadas de comerciais.

Em janeiro de 2019 a CNN, se auto denominando como “a maior do mundo”, anunciou que entraria no mercado brasileiro e criou grande expectativa sobre novos rumos que tomariam os canais que aqui operavam para enfrentar a gingante americana. Canais pré-existentes perderam profissionais para CNN Brasil que contratou também entre os disponíveis no mercado. Na noite de 15.03.2020, início da quarentena, a CNN Brasil entrou em atividade. O tom da festa foi dado em evento para convidados de elite em sua sede na cidade de São Paulo.

Nos primeiros dias, sem muito esforço, começamos o notar que a “maior do mundo” estava produzindo algo muito parecido com o que desfrutávamos. Poucas novidades e uma programação onde os debatedores fazem exposições das suas percepções para mediadores passivos. Alguns convidados negavam-se a responder indagações que
não estivessem de acordo com sua versão sobre o tema debatido.

Destaque? Talvez as entrevistas realizadas às noites de sábado pelo quarteto Daniela Lima, Mari Palma, Thais Herédia e Gabriela Prioli. Estas, sim, produziram programas inteligentes com convidados que respondem as perguntas e dialogam com o público.

Os demais pontos da grade de programação da CNN Brasil, para este cronista, em muito pouco agradam no quesito novidade. A “maior do mundo” é igual as outras. Continuamos reféns de programas repetitivos.


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