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Crônica de Ademar Rafael

O REI INJUSTIÇADO?

Quem me conhece de perto sabe que insisto na frase ”A única coisa que me tira do eixo e ver uma injustiça”. Cada dia esta sentença fica mais nítida. O livro “Punho Cerrado – A história do Rei”, escrito por Philipe Van Raemdonck Lima, filho do biografado, fornece elementos para que não fiquem dúvidas sobre as injustiças sofridas pelo craque Reinaldo.

É possível que estilo marrento e a forma de comemorar seus gols com o punho cerrado, criado em homenagem ao grupo libertário “Os panteras negras” que surgiu em 1966 nos Estados Unidos, cujo principal objetivo era lutar para direitos de população negra e denunciar a opressão e violência sofrida pelos negros, tenham ajudado para que todos seus algozes fossem tão duros com o artilheiro atleticano.

A expulsão e manipulação do julgamento que tirou o artilheiro do jogo final do Campeonato Brasileiro de 1977 contra o São Paulo, as expulsões durante a final do mesmo campeonato em 1981 contra o Flamengo e no famoso jogo de Goiana – GO pela Taça Libertadores da América contra o rubro negro carioca caso não tivessem acontecido possivelmente alteraria os resultados dos jogos. Esta resposta nem os “deuses” do futebol respondem o mágico “se” impede.

A forma como foi sacado da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1978 e a não convocação para mundial de 1982 nunca tiveram uma explicação lógica. Tudo aponta em direção ao comportamento do jogador. O Atlético também deu sua contribuição para o rol das grandes injustiças, em 1982 negou-se a vender o jogador para o PSG da Holanda e não remunerou o seu maior artilheiro na forma merecida.

Depois de exercer os cargos de Deputado Estadual e Vereador, em Minas e Belo Horizonte. Reinaldo afirmou que as pancadas que recebeu dos zagueiros foram mais brandas do que as dos políticos. Diz o craque: “O jogo no tapete verde é mais ético que nos tapetes vermelhos”. Será?


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