O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) mandou requerimento, nesta terça-feira (09), ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar evitar a extinção do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) – estatal do governo federal, especializada na produção de semicondutores, com sede em Porto Alegre. No documento, o socialista sugere que, ao invés da extinção da Ceitec, seja colocada à venda, nos termos da legislação vigente.
“A Ceitec funciona como uma indutora da indústria de alta tecnologia, constituindo políticas públicas de incentivo e atração de investimento internacional. Hoje essa companhia tem aproximadamente 200 empregados, dos quais, quatro são pós-doutores, 10 doutores e 46 têm mestrado. Propomos ao Ministério da Fazenda, através do senhor ministro Paulo Guedes e do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, ao invés de extinguirem esta grande e necessária empresa, a coloque em oferta ao mercado, através dos processos existentes na estrutura do governo que, com certeza, quem a adquirir, vai servir ao Brasil, muito mais do que vem servindo hoje a Ceitec, com a fabricação de chips do passaporte brasileiro, além de etiquetas de identificação veicular e de animais, bem como, outras coisas da modernidade atual”, argumentou.
A Ceitec – criada para recolocar o Brasil na rota da indústria mundial de semicondutores, nasceu em 2008, é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) que atua no segmento de semicondutores desenvolvendo soluções para identificação automática (RFID e smartcards) e para aplicações específicas. A empresa projeta, fabrica e comercializa circuitos integrados para diferentes aplicações. Localizada em Porto Alegre (RS), desempenha o papel estratégico no desenvolvimento da indústria de microeletrônica do Brasil.
Iniciativa estratégica do Brasil para garantir o domínio tecnológico completo da fabricação de circuitos integrados no País, a CEITEC fomenta e contribui para agregar valor e competitividade à economia nacional e está apta a desenvolver produtos com a máxima proteção da informação em projetos estratégicos. O desenvolvimento de uma indústria de semicondutores e o adensamento da cadeia produtiva que utiliza tais tecnologias são estratégicos para o desenvolvimento da microeletrônica no Brasil.