Por Isaltino Nascimento
O Prefeito de Jaboatão passou os primeiros 40 dias sumido na pandemia. Não deu entrevistas, não compareceu à reunião com o Governador, não falou nada para o povo da cidade. Até hoje, não se sabe por onde andava.
Depois, fazendo jus a sua fama de espertalhão, tenta eleitoralizar a maior crise de saúde da história.
Não fez um leito de UTI em uma cidade de 700 mil habitantes. É o pior desempenho do país. Para não ficar ainda mais feio, contratou 5 UTIs em hospital particular. Cinco para 700 mil pessoas. Por essa razão, muitos jaboatonenses estão sendo internados e salvos da COVID em leitos feitos pela Prefeitura do Recife. Já devem ser mais de 200 salvos no Recife.
Não ajudou no isolamento social. Casou o discurso com o de Bolsonaro, que já é reconhecido como o presidente com o pior desempenho na pandemia nacional e internacionalmente. Pesquisa XP-Ipespe mostra que menos de 20% aprovam a atuação do presidente, enquanto 55% reprovam.
Se não ajudou no isolamento e não fez leitos, o que teria feito Anderson? A resposta é: mais uma vez, como já é sua marca, tenta dar uma de espertalhão. Faz cena com setores econômicos e evangélicos, alardeando que o governador deveria abrir tudo.
Sua postura é realmente nefasta para quem depende do SUS, pois ele quer surfar no desejo justo de muitos da volta à vida normal, seja econômica ou seja religiosa, mas condena os jaboatonenses a morrer à míngua quando ficarem doentes, sem leitos da Prefeitura.