Por Machado Freire
A política no Brasil dá uma enciclopédia para abastecer o mundo inteiro, antes, durante e depois do covid-19, com o atual presidente da República querendo reeditar gestos peculiares a Getúlio Vargas. Também podemos afirmar, sem exagero, e medo de ser feliz, que o Brasil não é só o país do Carnaval, mas também de uma nação que costuma conviver com uma pantomima infernal. E até com ditaduras disfarçadas de “democracia”, como é o caso da “república das frutas”, conhecida como Petrolina. Lá, meus senhores e senhoras, se ganha e se perpetua no poder através do voto “popular”, comprado muito antes das eleições, com “obras” ditas públicas, que têm origem no dinheiro que o contribuinte paga. Esta pantomina pode se batizar com o nome de “voto comprado na folha” ( ou voto de cabresto) ao modo e estilo seculares de comerciantes da antiguidade, a exemplo de um tal “coroné Quelê”, salve engano, o “patriarca” da oligarquia da família dos Coelho”, localizados na Pedra Linda das bordas do São Francisco. Qualquer semelhança (não é) mera coincidência, minha gente deste mundo de meu Deus, “comedores de farinha da minha terra” (como costumava dizer o querido e saudoso amigo Celestino Gomes, artista de raiz), cujo futuro dificilmente pertencerá a Deus (que deve está inojado e de saco cheio), mas a um amontoado de aproveitadores sem vergonha na cara lisa feito uma tapioca sem coco, que, com certeza, não é de Olinda. Então, não se admire seu moço se um dia desses o milico que se transformou num “piscar de olhos” em mandatário-mor da Nação Verde Amarelo (não confunda com time de futebol), decretar o fechamento das urnas, e se transformar de repente (querendo ele) num presidente perpétuo. No Brasil isto não seria nenhuma novidade, pois vivemos (só Deus sabe como ) aos sopapos em uma democracia que já se transformou em democradura algumas vezes, conforme reza na história deste gigante adormecido visitado por um tal de Pero Vaz de Caminha.