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Secretário de Saúde apresenta ações do Estado para conter coronavírus

O secretário estadual de Saúde, André Longo, veio à Alepe, na manhã desta quarta (4), apresentar as estratégias desenvolvidas pelo Governo de Pernambuco para atuar na vigilância e no atendimento de possíveis casos suspeitos do novo coronavírus. Em reunião na Comissão de Saúde da Casa, o gestor destacou não haver evidência científica de que o vírus já esteja circulando no País, mas que Pernambuco está ampliando preventivamente o quadro de profissionais de saúde e focando no trabalho de esclarecimento da população.

O secretário elogiou a articulação entre Executivo e Legislativo para aprovar, de forma célere, o Projeto de Lei (PL) n° 935/2020, que permitirá a convocação de 127 candidatos aprovados no concurso vigente da rede estadual de saúde. Os profissionais serão lotados no Hospital Oswaldo Cruz, vinculado à Universidade de Pernambuco (UPE) e referência no atendimento de pacientes com doenças infectocontagiosas. A matéria, acatada pela manhã pelas Comissões de Saúde, Administração Pública e Finanças, foi aprovada no Plenário, à tarde. Depois de passar em Primeira Discussão, o texto recebeu parecer favorável em Segunda Discussão, na primeira reunião extraordinária da Casa de Joaquim Nabuco em 2020.

Ainda segundo relatório apresentado pelo gestor, Pernambuco tem hoje quatro casos em investigação, 11 suspeitas descartadas e nenhum doente confirmado. “É bem possível que haja o surgimento, ao longo do tempo, de casos confirmados. A maior parte será de casos leves, alguns moderados, e um percentual pequeno de graves, mas precisamos estar preparados para a eventualidade do surgimento desses registros e tomarmos medidas cautelares”, pontuou.

“Entendemos que o momento traz muitas aflições à população e, por isso, estamos trabalhando para dar o máximo de transparência às ações do Estado, nos contrapondo às fake news e à desinformação”, disse Longo, chamando atenção para a importância da “etiqueta respiratória”, que diz respeito às ações que o indivíduo deve tomar para evitar a disseminação de gotículas provenientes de espirros e tosses.

O secretário alertou, ainda, que as pessoas que suspeitarem ter contraído o vírus devem procurar, primeiramente, a unidade básica de saúde mais próxima ou a rede privada, se for o caso de contar com plano de saúde. Essas equipes farão a triagem e o encaminhamento para uma das três unidades de referência do Estado: Oswaldo Cruz, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e Hospital Correia Picanço, todas no Recife.

“O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco também vem se estruturando para se tornar referência, e a Secretaria tem mantido diálogo com o Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, e com o Hospital Universitário de Petrolina nesse mesmo sentido”, observou. Longo informou, por fim, que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) encaminhou ofício ao Ministério da Saúde, solicitando recurso extraordinário no valor de R$ 1 bilhão para que os Estados possam se preparar para a situação. O valor estimado para Pernambuco é de cerca de R$ 43 milhões.

ALEPE – Presidente da Assembleia, o deputado Eriberto Medeiros (PP) acompanhou a reunião e colocou o Parlamento à disposição para atuar em conjunto com o Executivo. “Exemplo do nosso empenho com essa questão foi a celeridade com que votamos o PL n° 935 nas Comissões. Para agilizar ainda mais a convocação desses profissionais, realizamos uma reunião extraordinária para que a matéria fosse votada já em dois turnos nesta quarta”, esclareceu Medeiros.

Presidente da Comissão de Saúde, a deputada Roberta Arraes (PP) explicou que o colegiado pode contribuir com a sugestão de ações públicas e funcionar como um espaço de esclarecimento da população. “Proponho que esses debates sejam levados às 12 Gerências Regionais de Saúde de Pernambuco, a fim de expandir as informações para todo o Estado”, salientou.

O deputado Pastor Cleiton Collins (PP) defendeu uma articulação junto às entidades religiosas, que podem contribuir com a propagação de informações confiáveis. Isaltino Nascimento (PSB) acrescentou à sugestão o contato com clubes esportivos, associações profissionais e órgãos públicos. Simone Santana (PSB), por sua vez, pontuou a importância do resguardo de pessoas com quadros de infecções respiratórias, e Fabíola Cabral (PP) sugeriu o investimento em campanhas de comunicação em TV e rádio. “As mídias tradicionais ainda passam mais credibilidade que as redes sociais nesses casos”, opinou.


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