O partido Podemos, o qual a delegada Patrícia Domingos filiou-se há uma semana, está nas mãos de um mesmo grupo familiar há quase 25 anos. Trata-se dos Abreu, família paulista com histórico de integrantes com investigações e processos de diversas naturezas na Justiça. E aqui, no meu Pajeú não é diferente. Tem muita gente enrolada na Justiça e selo na testa de que não merece confiança. Atualmente, a sigla é presidida pela deputada federal Renata Abreu (SP), mas desde 1995 o comando nacional vem repassando de mão em mão no mesmo círculo familiar.
Antes de ganhar a roupagem inspirada no slogan do ex-presidente americano Barack Obama, o Podemos era conhecido por Partido Trabalhista Nacional (PTN).PTN foi criado em 1995 pelos Abreu de São Paulo. O primeiro presidente na refundação da legenda foi o ex-deputado Dorival de Abreu, que conduziu a direção nacional durante quase dez anos, até 2004.
Com o falecimento de Dorival, quem sucedeu no comando nacional do PTN/Podemos foi seu irmão, o ex-deputado José Masci de Abreu. José é pai de Renata Abreu. Durante a gestão José à frente do PTN/Podemos, a mãe da atual presidente nacional, Maria Cristina Hellmeister de Abreu, ocupou a vice-presidência do partido. Renata foi alçada presidente do PTN/Podemos em 2016. No ano seguinte, a legenda mudou de nome e passou a ser chamada de Podemos.
O histórico “familiaresco” recente do PTN/Podemos pôs em xeque a gestão eficiente do partido. Nos últimos anos, o PTN/Podemos foi questionado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Análises do TSE identificaram uso irregular do fundo partidário em determinados exercícios fiscais durante a presidência de José de Abreu, a exemplo do ano de 2011 e de 2013, quando o tribunal detectou uma série de despesas não comprovadas e outros indícios de irregularidades.
Em meio a essa informação, como fica o discurso sustentado pela prefeiturável Patrícia Domingos da “nova política”?