Por: Magno Martins
O tropeço do Atlético mineiro frente ao Afogados, quarta-feira passada no Vianão, em Afogados da Ingazeira, deu um Upgrade ao futebol pernambucano, que vive um momento em baixa, com apenas um dos três principais times, o Sport, na elite nacional, o Clube dos 13. A boa nova, que sacudiu o País e projetou o Estado no território nacional, tem como símbolo uma Coruja, deusa da sabedoria, ancorada numa região inóspita, flagelada historicamente por ciclos de secas inclementes.
A Coruja, sensação que chacoalha o futebol estadual e enche os nordestinos de orgulho, não é obra apenas dos seus guerreiros e heroicos jogadores. Tem um patrono com roupagem heroistica também, que apostou na ideia, deu régua e compasso à maestria do futebol sertanejo: o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB). É praticamente a Prefeitura que banca as despesas da manutenção do clube ao lado de poucos parceiros da iniciativa privada, que ele também foi buscar com o seu prestígio.
Patriota encontrou a terra arrasada tão logo foi eleito, mas aos poucos modernizou o estádio, hoje com um dos melhores gramados do Estado, investiu em arquibancada e na estrutura geral da sede esportiva e seu próxima passo será a construção do segundo espaço de arquibancada. Outro grande investimento, para atender as exigências da Federação Pernambucana de Futebol, foi a iluminação, elogiada por todos os clubes visitantes e a própria FPF.
O prefeito administra o dia-a-dia das finanças do time, se preocupa até com as refeições dos atletas, além da logística envolvendo as viagens e hospedagens da delegação. A medida que o time, criado há seis anos, foi se projetando, galgando posições de destaque no certame estadual, Patriota passou a cumprir outros papéis de interlocução, a ponto de, pessoalmente, se envolver como torcedor, as vezes na geral, outras na arquibancada, não faltando a nenhum jogo da Coruja fora do município.
Dentro e fora das quatro linhas, termo bem batido utilizado pelos cronistas esportivos, Patriota, faça-se justiça, foi um grande guerreiro do bom combate, lutou até o fim com as armas que estavam à sua disposição. Seu esforço, numa ação silenciosa, longe dos holofotes da mídia, abre um novo paradigma no futebol brasileiro. É digno de elogio.