Na série de entrevista que o blog está realizando com prefeitos do Pajeú, o entrevistado desta sexta-feira (31), foi o prefeito da cidade de Itapetim, Adelmo Moura.
Leia na íntegra:
Blog do Finfa: O senhor teve, no Instituto Opinião, 86% de aprovação no seu governo. O senhor atribui à que?
Adelmo – Isso é fruto de um conjunto de ações e de metas que implementamos desde o dia 2 de janeiro de 2017. Com afinidade, com toda minha equipe, com dedicação e com zelo, sempre procuramos pagar as contas da prefeitura em dias, sempre honrar o compromisso com os servidores. Colocando a saúde para funcionar, educação, assistência social, infraestrutura, agricultura, esporte, cultura… Foi muita luta que chegamos no final de 2019 com essa provação. Graças a Deus, houve o reconhecimento da população do nosso trabalho e isso faz com que nos motiva, para que este ano, possamos trabalhar mais ainda pra manter ou melhorar esse percentual.
Blog do Finfa: Abastecimento d’água, construção, reformas de escolas e pavimentação. Essas são ações constantes do seu governo?
Adelmo – Exatamente, fizemos muito calçamentos. Uma coisa importante que fizemos, é que como já tem muitas ruas calçadas, calçamos os becos. Os becos têm a mesma importância que as ruas, primeiro pela questão da limpeza, e segundo, que vai valorizar os imóveis. Muitas pessoas, como tem um muro maior – as casas aqui em Itapetim são geralmente 30m – as pessoas vão e constroem outra casa no muro. Muito importante essa ação. Fizemos calçamento em São Vicente e Piedade. Outra coisa importante é o abastecimento d’água. Eu sou terminantemente contra a questão do carro pipa. Procuramos fazer um investimento em abastecimento d’água. Agora mesmo, entreguei um sistema simplificado,(Semana passada) e tenho mais quatro para entregar. Até o final desse ano, quero ver se deixo Itapetim 85% de todo município com água na zona rural. Isso é uma ação que demanda planejamento, recursos próprios – estamos praticamente fazendo com recursos próprios. Na educação, conseguimos revitalizar as escolas da zona rural e dos distritos. Fizemos agora uma grande reforma na escola de Piedade, outra na escola de São Vicente e neste momento estamos fazendo a reforma das escolas [???] e Pé de Serra. E o mais importante: Toda a rede municipal de ensino, estão todas organizadas e revitalizadas. A maioria das escolas da zona rural já são padrão FNDE. Uma coisa importante que fizemos no meu governo, é que ano passado entregamos à população de Itapetim, a nova sede da secretaria de educação, com auditório, sala pra o funcionamento de todos os programas educacionais. Estamos nesse momento na Secretaria de Educação e você está vendo a beleza desse prédio.
Blog do Finfa: Seu governo é totalmente organizado, com organograma, programação… Prefeito, qual é a meta do senhor neste ano de 2020 paro seu governo?
Adelmo – É fazer aquele obra que liga o entroncamento da 275 [???], até Piedade. São 3 Km de calçamento que vou fazer com dinheiro da Sessão (???), um investimento de um milhão e seiscentos mil a setecentos mil, aproximadamente. A prefeitura vai entrar com seiscentos, o governador se comprometeu a entrar com os outros oitocentos. A minha meta é fazer essa obra para atender a demanda daquele distrito, é um sonho que eles têm. Já que a gente não tem o dinheiro do asfalto, mas tenho o dinheiro do calçamento e vou fazer. Se Deus quiser a
licitação já houve, estou aguardando o resultado. Quero fazer 21 mil metros de calçamento, acredito que é a maior obra do Pajeú em calçamento, é essa nossa. E também quero fazer a nova sede da Secretaria de Saúde, que vai ser vizinho ao Banco do Brasil, aonde o cidadão vai ficar com as 3 secretarias vizinhas: a de saúde, assistência social e educação, além do prédio da prefeitura próximo. Não vai ser mais preciso estar andando, fazendo longos deslocamentos para ser atendido. Fiz um projeto, já foi encaminhado e deve sair logo o resultado. Minha meta vai ser essa. Além da gente incrementar na zona rural essa questão dos sistemas de abastecimento, quero fazer essas duas obras de importância para população de Itapetim.
Blog do Finfa: Como é sua relação com os vereadores de oposição?
Adelmo – Temos uma relação mais institucional. Tem uns vereadores que fazem a oposição, mas com a gente faz um governo muito aberto, procuro fazer de uma forma divulgando todas as minhas ações, então estamos sempre atentos e quando tem cobranças, damos resposta. Só tem um que é mais incisivo nas suas críticas, mas os outros, até de eventos – são 3 da oposição -2 até participam de eventos institucionais comigo, mas um não, é mais crítico nessa área aí, às vezes críticas infundadas, mas tudo tranquilo e a relação no final com a Câmara termina sendo boa.
Blog do Finfa: O senhor é candidato a reeleição?
Adelmo – Eu ainda quero fazer uma avaliação até junho, porque quem tem prazo, tem tempo pra resolver as coisas. O que eu quero ainda é fazer uma agenda administrativa, de entregar obras, de cobrança, de tudo, para gente não paralisar o governo e discutir uma coisa que só vai acontecer em outubro. Eu vou ter uma decisão final, até o final de junho, e no final de junho, quero reunir todo grupo, dos vereadores, presidentes de associação, secretários, diretores, as pessoas que compõem o governo, que gostam da política, nossos apoiadores, para a gente também encontrar um nome de consenso, vamos também indicar pra vice da nossa chapa. Mas minha decisão, se serei candidato ou não, só terei em junho.
Blog do Finfa: A questão de seu vice atual (Junio Moreira) não poder compor a chapa em 2020 é uma questão judicial?
Adelmo – Exato. Ele já foi vice de Arquimedes e foi meu vice, então acredito que ele está impedido, ainda vou fazer algumas consultas. Ele é unanimidade, tanto da vez de Arquimedes ele foi vice por aclamação, quanto na minha vez. Mas se não puder ser Júnior, vamos entrar em consenso e encontrar um bom nome, que possa agradar a maioria do grupo e no final possamos sair
vencedores.
Blog do Finfa: Sua avaliação do governo Bolsonaro?
Adelmo – Vejo que não tem nenhuma política pública para desenvolver o Nordeste, o que é que tem realmente para atender as demandas dos pequenos municípios? É um governo que tá perdendo muito tempo com questões irrelevantes para população e deixando de lado, o principal, que é melhorar, a vida das pessoas. A avaliação que faço é que ele [Bolsonaro] não acertou-se ainda no governo.
Blog do Finfa: A avaliação que o senhor faz desse segundo governo de Paulo Câmara?
Adelmo – É um governo que tá presente, continua líder no setor educacional. Pernambuco é o primeiro Estado do Brasil na educação, tá melhorando muito na segurança pública. Estamos esperando agora ele botar o Hospital do Sertão para funcionar, pra gente ver o resultado, que com certeza vai melhorar também, porque o Hospital Regional de Afogados já tá dando conta do recado, Os elogios que estamos ouvindo, são muitos. Acreditamos que o do Sertão vai ser muito bom. É um governo presente, entendemos da dificuldade do governo que nos encontramos no dia a dia. Vamos aguarda, que ele anuncie a chegada da água do São Francisco à Itapetim, um dos últimos municípios do Pajeú a ser contemplado. Então pra mim, o governo tá sendo muito bom, presente e com essas duas obras com certeza vai melhorar a qualidade de vida da nossa população.
Blog do Finfa: Prefeito, o senhor é membro histórico do PSB de Pernambuco. O senhor não acha que está na hora da executiva estadual do PSB, reunir os prefeitos do Pajeú?
Adelmo – Acho que estava na hora da executiva estadual vir fazer uma reunião aqui em Afogados da Ingazeira, é uma região onde tem uma aderência muito grande do PSB, dos 17 municípios, acho que 9 são do PSB. Se a gente fizesse um trabalho bem feito partidário, poderíamos chegar a 12 ou 15 prefeitos. É um partido que tem a simpatia por Arraes, por Eduardo, então tem história no nosso Pajeú. Se tivesse uma melhor atenção, com certeza o PSB crescia mais na nossa região. Vamos levar essa demanda para executiva estadual, para ver se a turma vem pra cá para conversamos e dar encaminhamento à essas coisas. Temos muitas possibilidades. Pra isso tem que ter uma presença partidária mais maciça na região. Realmente tá faltando uma atenção especial [na região].
