Em vista à Colônia Z2, no Janga, município de Paulista, o secretário de Desenvolvimento Agrário, Dilson Peixoto, discutiu a associação dos pescadores a situação da pesca artesanal do Estado após o derramamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste e as ações do Governo de Pernambuco em apoio às pessoas prejudicadas pelo desastre ambiental.
Entre as ações, o secretário destacou os resultados das análises dos pescados e frutos do mar realizadas pelo Estado em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ); que atestou a segurança alimentar de peixes, crustáceos e moluscos do litoral pernambucano. “Entre 55 amostras de pescados analisadas, apenas duas – uma de xaréu e uma de sapuruna – apresentaram níveis de hidrocarbonetos aromáticos acima dos limites estabelecidos pela Anvisa, o que nos dá segurança para afirmar que os outros pescados, além de ostra, marisco, sururu e camarão; estão seguros para o consumo”, explicou Dilson.
A dinâmica de pagamento do auxílio emergencial pecuniário, anunciado pelo Governo Federal, foi a principal dúvida apresentada pelos pescadores. “Ainda não temos informação de quem daqui da colônia será beneficiado. Eles divulgaram uma lista com uma numeração que nós não conhecemos e por isso não temos como identificar quem vai receber o auxílio”, explicou o presidente da Federação dos Pescadores de Pernambuco, Luiz Medeiros, que também é dirigente da associação da Colônia Z2.
A medida contempla apenas 4.236 pescadores do Estado, embora um levantamento realizado pelas próprias associações e colônias de pescadores aponte mais de 11 mil pessoas exercendo a atividade no litoral pernambucano. “Esse cadastramento sugerido pelo Governo do Estado é a primeira ação desse tipo realizada em Pernambuco. Agora temos condições de dizer quantos são e quem são os pescadores do Estado”, afirmou Medeiros.
Sobre o auxílio emergencial, Dilson destacou que o Governo de Pernambuco vem defendendo a ampliação desse benefício a todos os pescadores prejudicados pelas manchas de óleo, independentemente de ter ou não inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP). “Estamos conversando com a nossa bancada federal para ampliar o alcance dessa medida no Congresso Nacional”, explicou o secretário. Dilson acrescentou ainda que já há uma emenda em tramitação, apresentada pelo senador Humberto Costa, propondo a ampliação do alcance da MP 908, que criou o auxílio emergencial.