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Governo aprofunda desigualdades e Guedes merecia prêmio Nobel por brilhante ideia de taxar desempregados, diz Humberto

Depois de taxar o seguro-desemprego com a justificativa de que vai criar novos empregos, falar em AI-5 para conter eventuais manifestações contra o governo e fazer o dólar disparar e bater recorde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deveria, na avaliação do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), ganhar um Prêmio Nobel na área em que atua.

“Guedes é uma sumidade. Vou lançá-lo ao Prêmio Nobel de Economia, especialmente por ter descoberto uma fórmula mágica para acabar com o desemprego: taxar o seguro-desemprego. Como não pensamos nisso antes? Que criatividade! Quem está em dificuldade, desempregado, estimula novos empregos. É uma genialidade digna de ganhadores do prestigiado prêmio”, ironizou.

De acordo com o senador, as medidas adotadas pela gestão Bolsonaro, encabeçadas pelo economista formado em Chicago, geram mais desigualdades sociais no país e aumentam a extrema pobreza entre os brasileiros.

“Graças ao desastre do governo, os brasileiros estão comendo ovo de manhã, ovo de tarde e ovo de noite. É ovo, ovo, ovo, sem parar. As vendas estão batendo recorde e o preço da carne não para de crescer. Pernambuco é vítima dessas nefastas ações na produção de pobreza, desigualdade e desemprego, com mais de 1 milhão de pessoas vivendo com R$ 145 reais por mês, 11% da população do Estado”, lamentou.

Humberto criticou os cortes realizados no Bolsa Família, principalmente no momento em que o país vive uma crise social alarmante e não gera empregos e renda para a população. Ele lembrou que a larga maioria dos pobres, cerca de 75%, são negros.

“O quadro é desolador. O governo fez o maior desligamento de beneficiários do programa dos últimos anos. Cerca de 1 milhão de pessoas foram excluídas nos últimos meses. E não há previsão de aumento do programa para 2020. Pelo contrário: o orçamento para o ano que vem será muito menor do que para este ano”, observou.

No discurso realizado no plenário do Senado nesta segunda-feira (2), o parlamentar ainda detonou as políticas de estímulo de mortes feitas pelo governo Bolsonaro e pelo governador de São Paulo, João Doria. Para o líder do PT, o massacre ocorrido ontem em Paraisópolis é resultado da ideia dos dois de que o Estado deve tratar conflitos sociais e interpessoais de maneira agressiva e violenta.

“O presidente e o governador são mais culpados do que os próprios policiais que participaram das ações na favela. E, como se não bastassem as mortes de inocentes, que não param de crescer recentemente, o governo federal ainda quer aprovar a proposta de excludente de ilicitude, que é uma autorização para a polícia matar. Aqui no Congresso Nacional, lutaremos para barrar essa matéria”, declarou.


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