

“Este evento é importante para que a gente dê a dimensão que essa luta merece. A promoção da igualdade racial está entre as reforma democráticas das mais fundamentais. Somos uma nação fruto de uma escravização secular e, portanto, é inaceitável que algumas mazelas permaneçam ate hoje, ainda mais em um mundo tão adverso em que a gente está vivendo, onde o ódio, a intolerância e o preconceito estão na voz de dirigentes do Estado brasileiro. Então, temos que reagir à altura, fazendo um contraponto concreto, e o contraponto é afirmarmos que, aqui em Pernambuco, qualquer retrocesso nessa direção não passará”, afirmou Luciana Santos.

Sileno frisou o simbolismo do evento, que busca promover a igualdade racial. “É nesse ambiente que se abrem portas para que possamos agraciar a militância nesse segmento. Esta é uma solenidade singela, mas cheia de esperança e de vontade de continuarmos na luta”, pontuou. Em nome de todos os agraciados, Mãe Marivalda agradeceu pela homenagem, a primeira em 113 anos de existência do Nação de Maracatu de Baque Virado Estrela Brilhante do Recife. “Esse diploma, para a gente que faz a cultura negra, é muito importante. Meu maracatu tem 113 anos e nunca recebeu uma homenagem igual a essa. Então, foi muito importante para mim”, afirmou.
A Medalha do Mérito Solano Trindade, instituída pelo Decreto nº 42.481, de 10 de dezembro de 2015, resgata a contribuição literária, histórica, cultural e humanística de Solano Trindade, poeta pernambucano, folclorista, pintor, ator, teatrólogo, cineasta e grande incentivador de pesquisas sobre o papel do negro na história do Brasil, para reconhecer e fomentar iniciativas da sociedade civil voltadas à promoção da igualdade racial.

