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Crônica de Ademar Rafael

TABIRA DANDO EXEMPLOS

Por: Ademar Rafael

Quando a causa é justa e cada um respeita o espaço do outro mundo religioso e profano podem caminhar com harmonia. Depois de alguns anos ausente estive no mês de setembro em Tabira para assistir a “Missa do Poeta”, consagrado evento que presta homenagem a Zé Marcolino.

Neste ano também houve uma homenagem para Bia Marinho, voz maiúscula em defesa da nossa culta e defensora intransigente da obra do poeta paraibano.

A filha de Lourival Batista, como sempre, honrou as tradições pajeuzeiras no palco. Em seguida seus filhos deram outro show de altíssimo nível. O Sertão transformou-se em um oceano de belas canções. A sanfona de Luizinho de Serra e a voz Irah Caldeira também deram imensa contribuição para que a noite do sábado 21.09.19 fosse mágica.

No espaço reservado para festa pude cumprimentar Antônio José, Maria Helena, Hilário, Tonfil, Sebastião Dias, Alexandre Morais, Dedé Monteiro, Paulo Matricó, Gislândio Araújo, Genildo Santana entre outros poetas.
Sem dúvida foi a maior concentração de poetas por metro quadrado da face da terra.

O evento organizado pela Associação de Poetas e Prosadores de Tabira – APPTA, no Sertão de Pernambuco, em sua 32ª edição, ratifica que a “Missa do Poeta” extrapola o universo sertanejo é um movimento cultural do nordeste. Precisa de maior visibilidade no Brasil todo, isto talvez seja sonhar alto. A grande imprensa dedica-se a outros temas de seu interesse comercial.

Destaco a rica programação deste ano no período de 16 a 21.09.19: o 2º Encontro de Danças Populares; o 5º Chá Poético; o 14º Festival de Violeiros Poeta Zé Liberal; o 11º Encontro de Sanfoneiros; o 8º Recital Feminino; a 23ª Mesa de Glosas; Shows no Palco da Poesia, Bia Marinho, Em Canto e Poesia, Luizinho de Serra e Irah Caldeira e Missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios. Trago para relevo a opção que os organizadores em utilizarem a praça pública, isto para mim, faz da festa uma manifestação popular em seu mais democrático ambiente.

Tabira, novamente, dar exemplos de respeito com o que temos de melhor: “Nossa cultura e nossa capacidade de inventar, de criar sem limites”. Quem participou do Festival de Violeiros e da Mesa de Glosas sabe muito bem do que escrevo. Em 2020, quando Zé Marcolino completaria 90 anos, na versão TRINTA E TRÊS da missa teremos novos exemplos na cidade de Dedé Monteiro.


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