Em reunião realizada nesta sexta-feira (06/09), a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) traçaram uma série de ações para identificar os responsáveis pelas manchas de óleo que atingiram as praias do litoral Norte e Sul do Estado. A força-tarefa também conta com a participação de professores e técnicos do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) e do Porto de Suape.
Entre as medidas acordadas, estão a realização de um sobrevoo no litoral com o Corpo de Bombeiros; e a solicitação à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e à Suape de imagens de satélites da área costeira de norte a sul do Estado, referentes às últimas quatro semanas. Todo o material será enviado ao departamento de oceanografia da UFPE. O objetivo é identificar os prováveis pontos de origens e qual o navio responsável pelo dano. Também será enviado aos municípios litorâneos um documento com orientações sobre a limpeza das praias.
A Capitania dos Portos já coletou amostras do óleo nas praias de Tamandaré e de Piedade, e encaminhou para um laboratório na Paraíba, que identificará o tipo e o provável tempo em que o produto foi jogado. Segundo a superintendente substituta do Ibama, Lisânia Pedrosa, o órgão também vai acionar a coordenação geral de emergência ambiental em Brasília para verificação oceânica. A intenção é obter mais informações e até verificar a possibilidade de um maior apoio nas ações em curso.
As manchas de óleo começaram a aparecer no último domingo (01), na praia de Jacumã (Paraíba) e a última aparição, na quinta-feira (05) na praia do Bessa, também na Paraíba, e na ilha de Cocaia, no Cabo de Santo Agostinho. Foram identificadas manchas ainda nas praias de Del Chifre (Olinda), Boa Viagem (Recife), Piedade (Jaboatão dos Guararapes) e Cupe e Gamboa (Ipojuca). Também foram encontradas duas tartarugas mortas com óleo na Ilha de Cocaia, no Cabo de Santo Agostinho (PE), e na praia do Bessa (PB).
Participaram da reunião, realizada na sede do Ibama, em Casa Forte: Lisânia Pedrosa, Superintendente substituta do Ibama; José Bertotti, secretário estadual de Meio Ambiente; Maurício Guerra, superintendente de Biodiversidade da Semas; Eduardo Elvino, diretor de Controle de Fontes Poluidoras da CPRH; Marcus Silva, professor de oceanografia física da UFPE; Leonardo Bruto, biólogo e técnico do laboratório de oceanografia da UFPE; Comandante Figueiredo, da CPPE; os primeiros-tenentes Quiossa e Caio Lacerda (CPPE); e Paulo Teixeira, coordenador de gestão ambiental portuária de Suape.
Rnest – A CPRH lembra que o aparecimento do piche nas praias não está relacionado ao vazamento de água e óleo ocorrido no último dia 26 de agosto, na Refinaria Abreu, em Ipojuca.