Redação da Veja
Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) declarou ter recebido ameças e uma tentativa de extorsão por conta das investigações pelo homicídio de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em junho. A deputada acusa um advogado e um policial, ambos não identificados, pelas práticas.
Ao programa, Flordelis diz que entregou à Polícia Federal gravações que comprovam ameaças vindas de um ex-advogado de seu filho Lucas – preso por suspeita de participação no crime. Nos áudios, o homem afirma estar “segurando algumas coisas como a colaboração premiada”.
A deputada contou ainda ter recebido telefones dirigidos a seu gabinete na Câmara dos Deputados, vindos de um policial civil da Delegacia de Homicídios da cidade do Rio de Janeiro. Em uma suposta tentativa de extorsão, o agente teria dito que o mandato de Flordelis “estava ameaçado”.
A TV Globo reproduziu gravações na qual o suposto policial que uma pessoa da família tem provas de que ela seria a mandante do assassinato. Na sequência, ele tenta extorqui-la.
“Eu vou falar português claro com a senhora, a nossa intenção é o dinheiro. E eu sei que a gente pode passar informação para a senhora, para a senhora se resguardar e se defender antes de surgirem fatos novos, entendeu?”, diz o suposto policial.
Os telefonemas estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios de Niterói em inquérito sigiloso.
Flordelis participou, na noite do sábado 21, da reconstituição do assassinato de Anderson do Carmo. Segundo a Polícia Civil, a reprodução simulada da morte do pastor teve como objetivo “dirimir dúvidas em relação à dinâmica do crime”.