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Programação com debates e sessões especiais se intensifica no Festival de Cinema de Triunfo

No segundo dia da programação do 12º Festival de Cinema de Triunfo, nesta terça-feira (6) as atividades ficaram mais intensas com o início dos debates com realizadores que participam do evento, além de mostras produzidas em parcerias como a Sessão Especial VerOuvindo e a Sessão Cineclubista – FEPEC (Federação Pernambucana de Cineclubes). No fim do dia, foi a vez das mostras competitivas de curtas e longas-metragens ocuparem o Cineteatro Guarany.

Os realizadores dos filmes exibidos no primeiro dia do Festival participaram de um debate ao ar livre, mediado pelo aor Jorge Clésio, em frente à Prefeitura de Triunfo, sobre a produção dos seus trabalhos. Participaram deste encontro profissionais envolvidos nos curtas “Turismo Selvagem”, “Nova Iorque”, “Solitude”, “Codinome Breno”, “Cinco Minutos por Dia”, e no longa “Salustianos”. Os debates irão se repetir todos os dias até o fim do Festival, às 10h, no mesmo local.

Ainda pela manhã, foram exibidos no Cineteatro Guarany alguns trabalhos com acessibilidade comunicacional que já passaram pela programação do Festival VerOuvindo, um dos eventos que promove o debate da inclusão na sétima arte em Pernambuco e é parceiro do Festival de Cinema de Triunfo.

No início da tarde, a Sessão Cineclubista – FEPEC aconteceu com curtas escolhidos pela curadoria da federação e sessões seguidas de debates. Participaram desta última sessão mais de 220 estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Almeida de Carvalho, de Triunfo.

Pela noite, na Mostra Competitiva de Curta-metragem foram exibidos os filmes: “Rebento”, de Vinicius Elizário; “Dessyrê”, direção coletiva; “As aulas que matei”, de Amanda Devusky e Pedro B.; “Quanto craude no meu sovaco”, de Duda Menezes; e “NEGRUM3”, de Diego Paulino. Já na Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional foi exibido “O que resta”, de Fernanda Teixeira.

Vinicius Elizário é natural de Salvador (BA) e estava pela primeira vez no Festival de Cinema de Triunfo com o filme “Rebento”. “Esse curta é uma produção universitária que fiz para o meu TCC e conta a história de um garoto que tem que lidar com o rompimento de ciclos viciosos que o machismo traz”, detalha o realizador baiano.

“Dessyrê” é fruto de um projeto chamado Documentando, do cineasta Marlon Meireles, que já conta com 10 anos de estrada e está na sua quinta temporada com apoio da Secretaria de Cultura de Pernambuco e Fundarpe.

“Essa iniciativa é uma oficina sobre produção de documentários e através deles conhecemos histórias incríveis como a de Dessyrê. Vale ressaltar que é importantíssimo que o festival invista em formação, porque é através disso que teremos o surgimento de novos filmes e realizadores”, destacou Marlon Meireles.

Já a protagonista do filme, a artista triunfense também esteve presente na sessão e agradeceu o apoio que tem recebido desde que o curta foi lançado no Festival de Cinema de Triunfo do ano passado. “Há um ano eu estava aqui e hoje estou muito feliz por voltar a este palco. Agradeço as pessoas de Triunfo, em primeiro lugar, porque me ajudaram a realizar o sonho de trabalhar com cinema”, comemorou Dessyrê.

Pedro B., um dos diretores de “As aulas que matei”, e Fernanda Teixeira, de “Quanto craude no meu sovaco”, agradeceram à organização do Festival e ao público pela presença no Cineteatro Guarany. “Acho importante pensar o cinema como um espaço coletivo”, disse Pedro B. “Queria primeiramente agradecer ao festival por trazer esse filme, porque a gente sabe da importância da democratização ao acesso à cultura”, comentou Duda Menezes.

Natural de São Paulo (SP), Diego Paulino revela que era sua primeira vez no sertão de Pernambuco. “Foi uma grande jornada chegar até aqui, mas é incrível poder conhecer lugares assim, fora da imagem que a mídia nos passa. Triunfo é uma cidade encantadora”, opinou.

Por fim, Fernanda Teixeira, realizadora do longa-metragem “O que resta”, lembrou que era sua segunda vez em Triunfo, participando do festival. “O público da cidade é muito receptivo, e fico muito feliz de trazer meu filme pra cá, feito de forma completamente independente. E também queremos trocar ideias e ouvir um pouco de vocês depois amanhã nos debates”, reforçou a realizadora.

O Festival de Cinema de Triunfo é uma realização do Governo de Pernambuco, através da Secult-PE e Fundarpe. Confira aqui a programação completa da 12ª edição.


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