O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) busca auto sustentabilidade da produção de sementes, palma e sorgo, por meio do redirecionamento dos aparelhos utilizados em diversas partes do Estado. Primeiramente, o Instituto direciona o foco da produção de sementes para as Estações Experimentais, antes utilizadas apenas para o desenvolvimento de pesquisas.
O projeto piloto será iniciado em Belém do São Francisco, berço das principais cultivares de tomate e cebola comercializadas no País. No primeiro momento, serão disponibilizados 20 hectares para plantação e sementes de milho, que deverão render 170 toneladas de milho, em duas safras. Até o final do ano, esse número será ampliado para 50 hectares com produção anual de 500 toneladas de sementes básicas. Duas Estações, Ibimirim e Petrolina, também estão prontas para produzir sementes selecionadas. Dessa forma, o IPA deverá tornar-se independente e poderá até fornecer para os demais estados do País”, destaca o presidente, Odacy Amorim.
A Biofábrica da Estação Experimental de Itapirema, em Goiana, possui 200 mil mudas de palmas disponíveis. A palma é uma prioridade, já que é base da alimentação animal para a bacia leiteira do Estado, concentrada no Agreste e Sertão. Em Araripina, a ideia é ampliar a produção e sorgo nos campos, desenvolvendo mecanismos de blindagem contra os ataques dos passarinhos. Além disso, mais 20 hectares serão disponibilizados para a produção de mandioca.
Na área de Melhoramento Genético, será lançado o projeto de Produção de Embriões, em Afrânio. Estudo aponta que o IPA tem potencial para tornar-se, a curto prazo, produtor e fornecedor para a bovinocultura dentro e fora do Estado, tornando-se auto sustentável economicamente. “A prova disso, é a qualidade genética dos animais cultivados nas Estações. A exemplo de São bento do Una que reúne gado de excelência , com vacas sagradas campeãs. Além de Arcoverde, que se destaca com a raça Girolando”, afirma Odacy. Este ano, o Instituto disponibilizou 400 doses de sêmen de gado Girolando e Holandês para produtores de Serrita e Afrânio, 200 para cada município. O objetivo também é aumentar a oferta de tourinho, a fim de atender a demanda dos pecuaristas que buscam elevar a qualidade de seus rebanhos.
Um outro projeto, planejado para 2020, é a criação de novos Bancos de Sementes e o fortalecimentos dos Bancos de Sementes Crioulas, já existentes. Essa é uma forma de enfrentamento dos alimentos transgênicos e de outros modos de produção atuais.