“O exercício da medicina não deve se subordinar à crueza das leis econômicas. Deve ser regido pelas necessidades sociais de um povo em determinado momento histórico”. Essas são algumas das palavras que marcaram a vida profissional do médico e professor, Fernando Figueira. E, com base na trajetória diferenciada no exercício da medicina, o deputado estadual Isaltino Nascimento propôs a realização de uma Reunião Solene para homenagear seu centenário (1919-2013) e os 59 anos da fundação do Instituto de Medicina Integral de Pernambuco – IMIP, projeto pensando e executado pelo professor, para exercer a medicina, com cuidado especial à saúde de pessoa carentes.
A solenidade será amanhã, às 18h, no auditório Senador Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Fernando Figueira é uma referência no exercício da medicina social por ter desenvolvido o interesse direcionado a atuar na assistência aos mais pobres, desde muito cedo. “A grandeza do legado do professor Fernando Figueira é inegável. E, nada mais honroso para mim, que propor esta solenidade em homenagem a este grande homem”, comentou Isaltino.
Não por acaso, o sonho de fundação de uma estrutura médica nos moldes do IMIP foi realizado numa área central do Recife, rodeada por pessoas em vulnerabilidade social. Isso permitiu que o médico exercesse a medicina social, começando pela criança, seguindo para a mãe e chegando até o pai, o que gerou um rito de assistência médico-social integral. A atuação que fez o diferencial no exercício da medicina local e lhe garantiu a concessão de diversos prêmios em reconhecimento ao seu modelo de trabalho.
O professor Fernando Figueira faleceu aos 86 anos e deixou um legado de fundações, organismos, centros de saúde, clínicas e afins, de ordem pública, que encontrou no cuidado às pessoas carentes um sentido para a realização dos feitos. O Instituto de Medicina Integral de Pernambuco comemora 59 anos de sua fundação, tendo se renovado por seus seguidores, mas não deixando de cumprir os requisitos que faziam a ideia do professor.
“A medicina social foi gestada por Fernando Figueira e virou modelo para alunos, colegas e, até hoje, o torna figura emblemática no Estado, no Brasil e no Mundo. Temos muitos motivos para zelar por sua memória”, destacou Nascimento.