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Militar preso na Espanha com drogas trabalhava como ‘mula qualificada’, diz Mourão

Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira (26) que o militar brasileiro detido com drogas em Sevilha, na Espanha, trabalhava como “mula qualificada”.

Mourão está no exercício da Presidência, em razão da viagem do presidente Jair Bolsonaro ao Japão, onde participará do encontro de líderes do G20. O vice-presidente foi questionado em entrevista no Planalto sobre o caso do militar, que é sargento da Aeronáutica.

O militar foi detido na terça-feira (25) no aeroporto de Sevilha, na Espanha, por transportar 39 kg de cocaína em sua bagagem. O Ministério da Defesa e Bolsonaro, confirmaram a prisão.

A prisão ocorreu quando o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou às 14h (horário local) no aeroporto da capital da Andaluzia. A aeronave servia como reserva para o presidente brasileiro que viaja em outro avião para participar da reunião do G-20 em Osaka, no Japão.

Mourão explicou que o militar estaria na tripulação do retorno ao Brasil, no trecho entre a Espanha e Brasília.

“O que acontece, quando tem estas viagens, vai uma tripulação que fica no meio do caminho. Então, quando o presidente voltasse agora do Japão, essa tripulação iria embarcar no avião dele”, disse Mourão.

Hamilton Mourão diz que militar preso com cocaína voltaria ao Brasil no avião de Bolsonaro

O vice-presidente argumentou que é preciso apurar as conexões do militar detido, a fim de esclarecer o transporte da cocaína no avião da FAB. Na visão dele, o militar fez papel de “mula”, termo usado para descrever quem transporta a droga no tráfico.

“É óbvio que pela quantidade de droga que o cara estava levando, Ele não comprou na esquina e levou. Ele estava trabalhando como mula e uma mula qualificada, vamos colocar assim”, declarou a jornalistas.

Mais cedo, em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão destacou que as Forças Armadas não estão “imunes” ao “flagelo da droga” e disse que o militar será julgado e terá uma “punição bem pesada”.

“Isso não é primeira vez que acontece seja na Marinha, seja no Exército, seja na Força Aérea. A legislação vai cumprir o seu papel e esse elemento vai ser julgado por tráfico internacional de drogas e vai ter uma punição bem pesada”, declarou o vice-presidente.


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