Prefeito de Flores pela terceira vez, Marconi Santana (PSB) fez uma avaliação do atual cenário administrativo e econômico do Brasil – na administração de Jair Bolsonaro (PSL).
Sustentando um tom coerente, sereno e externando otimismo – Santana não deixou de sublinhar a necessidade de se preocupar com a retirada de recursos da educação – o que, na visão de Marconi a realidade administrativa da gestão do ‘capitão’ é de, “desequilíbrio total”.
“Olhe, isso é preocupante para o município e mais ainda para o país. Eu acho que nós estamos apreensivos, nós prefeitos principalmente na questão da educação onde se retirou os recursos, a questão da saúde pública que está um caos em todo o país”, pontuou o socialista ao ser entrevistado pelo comunicador Anderson Tennens.
Ao ser questionado sobre a situação financeira dos municípios e o que tem ouvido dos colegas gestores, sobre o momento de falta de investimentos do governo federal para os municípios, Marconi foi enfático:
“Os governadores estão junto com os prefeitos lutando pelas melhorias, agora eu acho ( eu acho não) eu tenho certeza, que o desequilíbrio total do governo federal é grande, a gente tem percebido isso no dia a dia, na imprensa, nós estivemos em Brasília no dia da marcha, nós vimos de perto isso, ouvimos também várias pessoas nos ministérios onde conseguimos ter sido recebido em alguns ministérios e a gente viu que infelizmente as equipes não estão aptas a governar o Brasil”, disse completando:
“Isso é muito ruim, nós, eu principalmente estou torcendo que dê certo, que a gente também não pode torcer para dar errado não, porque se não vai cair num buraco profundo, a gente já está numa recessão, avizinhando uma recessão grande, um crescimento estagnado, talvez só cresça 1% esse ano, então isso é muito ruim para todos nós brasileiros”, avaliou.
Mesmo diante do duro discurso em direção ao Planalto, Marconi disse fazer parte da torcida para que o a administração de Bolsonaro caminhe para o acerto.
“Se der certo vai ser muito bom, agora da forma que está, não esta caminhando para dar certo, torcemos que dê, porque somos brasileiros e vamos sofrer diretamente, principalmente nos municípios que já temos redução de FPM, já temos redução dos programas, para você ter uma ideia os programas da assistência social tem deles que a gente não recebeu ainda esse ano recursos e tem outros que nós só recebemos em janeiro e em fevereiro e nós já estamos em maio caminhando para o meio do ano, nós temos a folha aí para pagar o décimo terceiro no meio do ano, 50% do décimo terceiro, e o que a gente vê e o que escuta dos amigos prefeitos principalmente daqueles estados mais pobres é que a situação é precária e não vai ter condições de paro ano honrar com folha, já a partir agora do mês de maio”, externou e acrescentou:
“Então, é difícil, mas estamos aqui nos organizando, Flores, fizemos todo um planejamento este ano, mas que semanalmente a gente faz monitoramento com todas as secretarias e é claro e evidente a gente tem conseguido honrar com o pagamento de fornecedores e com folha de pagamento. Tomara Deus que continue nos ajudando, nós guiando para que a gente consiga”, concluiu o prefeito de Flores.