Por: Luciano Pacheco
Noticiei, ontem, que a presidente da Câmara de Arcoverde, Célia Almeida Galindo (PSB), está sendo bombardeada constantemente pelo vereador Luciano Pacheco (PSD). Informações que colhi dão conta, entretanto, que o parlamento municipal vem sendo conduzido sem transparências, com votações mal-assombradas, que só atendem aos interesses particulares da comandante.
Umas das aberrações foi o aumento em 100% da verba de representação da Presidência, que passou de R$ 10 mil para R$ 20 mil, uma das maiores do Estado. O engraçado é que Célia, antes de ser eleita, chegou a apresentar um projeto para limitar em 50%o teto da mesma regalia. Do mesmo modo, a presidente concedeu reajuste de mais de 100% aos cargos comissionados, chegando o maior salário a R$ 3,6 mil.
A presidente, segundo apurei, fez também uma reforma desnecessária no prédio da Câmara, orçada em mais de R$ 300 mil, para instalar um elevador sob a alegação de que concursados que iriam assumir tinham deficiências físicas e precisavam do equipamento. Mas, na verdade, ela nunca convocou um só aprovado e o elevador é usado apenas quando uma autoridade visita a Casa.
Até a reeleição de Célia feriu o regimento do Legislativo. Segundo seus pares, a eleição foi feita também nas caladas da noite. “Ela passou por cima da lei e fez sua reeleição descumprindo o regimento”, diz Pacheco, que ontem voltou a fazer seus protestos contra os descasos da Câmara nas suas redes sociais.
Esses desmandos e outros que ainda estão sendo apurados devem ter desfechos no Tribunal de Contas do Estado e no Ministério Público. As denúncias foram protocoladas pelo próprio Luciano Pacheco, confiante que as devidas instituições ajam com rigor e transparência, aplicando punições severas capazes de evitarem maiores danos, barrando, consequentemente, os desmandos da presidente.