G1 — Brasília
Com poder de definir as pautas e o ritmo de votação, os futuros presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado terão papel decisivo para a aprovação de medidas consideradas prioritárias pelo governo Jair Bolsonaro, como a reforma da Previdência Social.
As eleições estão marcadas para esta sexta-feira (1º). E, dependendo do resultado, servirão de indicativo do grau de dificuldade que o governo poderá enfrentar no Congresso para conseguir aval a suas propostas nos próximos dois anos.
Os postos também são considerados estratégicos porque, entre as atribuições dos presidentes, está a de decidir sobre a abertura de comissões parlamentares de inquérito, as CPIs, que podem, conforme o assunto, causar desgaste ao Palácio do Planalto.
No caso do presidente da Câmara, também compete a ele a abertura de processos de impeachment de presidentes da República.
Os eleitos ocuparão ainda um lugar na linha sucessória da Presidência da República. O presidente da Câmara é o segundo na sucessão. O do Senado, o terceiro.
Pré-candidaturas
No Senado, poderá haver um número recorde de candidatos a presidente da Casa desde a redemocratização.
Entre pré-candidatos declarados e cotados para o comando do Senado, nove são cogitados para a disputa da eleição:
Alvaro Dias (Pode-PR);
Ângelo Coronel (PSD-BA);
Davi Alcolumbre (DEM-AP);
Esperidião Amin (PP-SC);
Major Olímpio (PSL-SP);
Renan Calheiros (MDB-AL);
Reguffe (sem partido-DF),
Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Na Câmara, o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta a reeleição. A tendência é que ele dispute a presidência com os deputados:
Fábio Ramalho (MDB-MG);
JHC (PSB-AL);
Ricardo Barros (PR-PR);
Marcel van Hattem (Novo-RS);
Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Tanto na Câmara quanto no Senado os parlamentares podem se candidatar e podem desistir da candidatura até momentos antes da votação. Por isso, o número de candidatos pode mudar.