Por G1 — São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu alta no início da tarde desta quarta-feira (13), após 17 dias internado no Hospital Albert Einstein, na região central de São Paulo.
A informação foi confirmada pelo porta-voz da presidência. Ele deixou o centro médico por volta das 12h20, e seguiu para o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, e irá embarcar para Brasília em avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
O boletim médico, divulgado pelo hospital logo após a saída do presidente, afirma que Bolsonaro “recebeu alta nesta manhã com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral”.
O texto diz ainda que, durante o período de internação, o presidente “realizou exercícios de fisioterapia respiratória e motora, com períodos de caminhada fora do quarto. Medidas de prevenção de trombose venosa também foram adotadas.”
Bolsonaro passou por uma cirurgia para retirar uma bolsa de colostomia e refazer a ligação entre o intestino delgado e parte do intestino grosso no dia 28 de janeiro.
Na semana passada, após um episódio isolado de febre, ele foi submetido a exames e diagnosticado com pneumonia.
Em boletim divulgado na tarde desta terça-feira (12), os médicos afirmavam que Bolsonaro mantinha “boa evolução clínica, está sem febre, sem dor abdominal e o quadro pulmonar encontra-se em resolução”.
Veja a íntegra do boletim médico:
O excelentíssimo Presidente da República, Jair Bolsonaro, permaneceu internado no Hospital Israelita Albert Einstein entre os dias 27 de janeiro e 13 de fevereiro.
A programação da cirurgia eletiva de reconstrução do trânsito intestinal iniciou no dia 27 de janeiro com a avaliação clínica préoperatória, exames laboratoriais e de imagem, encontrando-se apto para o procedimento.
Na manhã seguinte, o paciente foi submetido a uma cirurgia bemsucedida de reconstrução do trânsito intestinal e extensa lise de aderências decorrentes das duas cirurgias anteriores. Foi realizada anastomose do íleo com o cólon transverso, que é a união do intestino delgado com o intestino grosso.
O procedimento teve duração de 7 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue. O resultado final do anátomo-patológico evidenciou serosite crônica, sem outras anormalidades.
Devido ao episódio de náusea e vômito em 2 de fevereiro, o paciente passou a usar uma sonda nasogástrica. Apresentou na noite de 3 de fevereiro elevação da temperatura (37,3 °C) e alteração de alguns exames laboratoriais. Foi iniciada antibioticoterapia de amplo espectro empiricamente e realizados novos exames de imagem.
Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino, na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e um dreno foi colocado no local. O paciente se manteve sem dor, afebril e em jejum oral. A coleção drenada era sero-hemática e não houve crescimento bacteriano, não configurando infecção.
Nos dias seguintes, houve melhora do seu estado de saúde com redução da coleção líquida no abdome e aumento da movimentação intestinal. Isso possibilitou o início de ingestão de líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral.
Em 6 de fevereiro, teve episódio isolado de febre sem outros sintomas associados, sendo submetido à tomografia de tórax e abdome que evidenciou boa evolução do quadro intestinal e imagem compatível com pneumonia. Essa pneumonia não era associada à ventilação mecânica e possivelmente decorreu de microaspiração de conteúdo gástrico. Foi realizado um ajuste na antibioticoterapia e mantidos os demais tratamentos.
Nos dias posteriores, a evolução clínica foi considerada boa, sem disfunções orgânicas e com melhora dos exames laboratoriais. O dreno colocado no seu abdome foi retirado pela equipe de radiologia intervencionista em 8 de fevereiro, quatro dias após sua introdução. Devido à melhora do quadro intestinal e boa receptividade à dieta líquida, a sonda nasogástrica também foi retirada.
O quadro pulmonar progrediu de forma positiva, assim como os exames laboratoriais. Com a evolução da movimentação intestinal e aceitação da dieta líquida, foi iniciada uma dieta cremosa. A nutrição parenteral foi sendo reduzida gradativamente até sua suspensão em 11 de fevereiro, quando foi iniciada uma dieta leve e mantido o suplemento nutricional.
Durante o período de internação, realizou exercícios de fisioterapia respiratória e motora, com períodos de caminhada fora do quarto. Medidas de prevenção de trombose venosa também foram adotadas.
Recebeu alta nesta manhã com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral.
Dr. Antônio Luiz Macedo, cirurgião e médico titular
Dr. Leandro Echenique, cardiologista
Dr. Luis Fernando Aranha, infectologista
Dra. Carmen Silvia Valente Barbas, pneumologista
Dr. Celso Cukier, nutrólogo
Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein
Realmente, deixo aqui meus cumprimentos e parabéns a toda equipe desse conceitoado Hospital, especificamente a equipe do Dr. Antônio L. Macedo, esse se garante, tem o Dom da Medicina.
Que Deus proteja a todos.
Parabéns… Parabéns…