Por Mariana Oliveira e Renan Ramalho, TV Globo e G1 — Brasília
O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mandou soltar nesta segunda-feira (12) o empresário Joesley Batista, da J&F, e os ex-executivos do grupo Ricardo Saud, Demilton Castro e Florisvaldo Oliveira.
Eles foram presos na sexta-feira (9), na Operação Capitu, deflagrada pela Polícia Federal. No despacho que autorizou a prisão, a desembargadora Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), disse que os executivos da J&F ocultaram “fatos relevantes” nas delações premiadas.
Cordeiro atendeu pedido da defesa de Joesley para estender os efeitos de uma decisão que, no domingo (11), já havia soltado o ex-secretário de Defesa Agropecuária Rodrigo Figueiredo, também preso na operação.
Polícia Federal prendeu Joesley Batista na sexta-feira (9). — Foto: Reprodução/TV Globo Polícia Federal prendeu Joesley Batista na sexta-feira (9). — Foto: Reprodução/TV Globo
Polícia Federal prendeu Joesley Batista na sexta-feira (9). — Foto: Reprodução/TV Globo
Na decisão, Cordeiro disse que os fatos atribuídos aos delatores são antigos e não justificariam as prisões.
“Realmente, se tendo entendido na decisão paradigma que não seriam contemporâneos os riscos arguidos e não sendo admissível prender por falta de colaboração do acusado, também em face dos requerentes incide igual ilegalidade na prisão”, escreveu o ministro.
Ele também considerou que a investigação não está sob risco e que, por isso, as prisões seriam ilegais nesta fase das investigações.
No mesmo despacho, o ministro mandou soltar outros dois investigados, suspeitos de participação no suposto esquema do Ministério da Agricultura, mas não ligados à J&F: Walter Santana Arantes, sócio dos supermercados BH e EPA; e o advogado Odo Adão Filho.